O governo federal lançou no início de junho um programa de incentivo à compra de carros populares com preço de mercado de até R$ 120 mil. Os veículos ganharam descontos de até R$ 8 mil, o que levou muita gente às concessionárias atrás do tão sonhado carro novo.
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A iniciativa foi encerrada na semana passada e os R$ 800 milhões disponibilizados, incluindo o crédito extra de R$ 300 milhões, se esgotaram. Segundo o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Comércio, Indústria e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), o programa foi “um sucesso”.
Apesar de ter beneficiado milhares de brasileiros com condições atrativas, nem todos os efeitos dos descontos foram positivos. Existe um segmento desse mercado que sofreu com o impacto do benefício e agora tenta se recuperar.
O outro lado da moeda
A Medida Provisória 1.175 que reduziu o preço dos carros populares pode ter prejudicado consideravelmente o segmento de seminovos, mostram dados recentes. No período de vigência do programa, a venda de modelos seminovos e usados ficou praticamente estagnada.
Isso aconteceu porque a diferença de preço entre o veículo novo e o seminovo ou usado caiu bastante, estimulando os consumidores a optarem pelo 0 km.
Apesar do prejuízo no último mês, a situação deve se normalizar em breve, já que os recursos destinados ao projeto se esgotaram e os descontos chegaram ao fim.
Balanço do programa
Segundo o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), 125 mil veículos foram vendidos durante o período de vigência da medida. “Houve um crescimento de 14,2% nos emplacamentos em junho ante maio”, afirmou Alckmin.
Quanto à preferência dos consumidores, a busca foi maior por modelos mais caros. Os três modelos campeões de venda no mês passado foram Volkswagen Polo, Chevrolet Onix e Fiat Strada.
Já os veículos mais baratos do país, o Fiat Mobi e o Renault Kwid, que receberam descontos acumulados de R$ 10 mil, ficaram apenas em 4º e 8º lugar entre os mais vendidos em junho, respectivamente.