Será que o Wi-Fi está prestes a ganhar um concorrente de peso? Recentemente, o Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE), associação internacional que regularizou o Wi-Fi, assinou documento que aprova o padrão 802.11bb, favorecendo o uso convencional do Li-Fi (Light Fidelity).
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A tecnologia permite transmitir dados utilizando luz visível ou infravermelha, e promete possibilitar uma conexão com velocidade maior do que o 5G. Diferente do conhecido Wi-Fi que usa ondas de rádio em frequências específicas para transmitir dados, o Li-Fi utiliza a luz entregando não só velocidade, como segurança.
A rede já é alvo de estudos desde a década passada e, como qualquer outro recurso tecnológico, apresenta pontos tantos positivos, quanto negativos.
Li-Fi usa luz para transmitir dados
Uma das principais vantagens está relacionada à velocidade, que alcança 220GB/s. Além disso, a velocidade não é afetada por conta do número de dispositivos conectados, visto que a largura da banda é maior justamente por conta do espectro de luz.
Outro ponto de destaque é a segurança. A conexão fica limitada a um ambiente, isto é, o sinal não atravessa as paredes de um quarto, por exemplo, com isso, fica mais difícil que alguém tente interceptar seus dados ou realizar alguma prática maliciosa.
Além disso, devido o seu modo de transmissão de dados, a interferência por aparelhos eletromagnéticos é reduzida, sem contar que os dados podem ser usados em qualquer espaço no qual o sinal por ondas de rádio não é permitido, por exemplo, em aviões, alguns hospitais e até mesmo em usinas nucleares, conforme aponta o portal IGN Brasil.
Por outro lado, a tecnologia pode apresentar alguns fatores considerados negativos por muitos, como o alcance de poucos metros, além da conexão, que pode enfrentar interferências simplesmente por conta de algum obstáculo como a parede ou qualquer outro objeto.
Apesar disso, o IEEE aponta que o espectro de luz do Li-Fi pode “liberar comunicações sem fio mais rápidas e seguras com segurança muito superior quando comparado com tecnologias tradicionais como Wi-Fi e 5G”. É provável que o recurso seja usado em setores que buscam mais segurança.