Acredite se quiser, uma pesquisa da Universidade Duke, nos Estados Unidos, mostra que uma mente curiosa é um potente estímulo para a memória. Não é mágica, é ciência! Vamos entender um pouco mais sobre como isso acontece?
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A pesquisa, liderada pela cientista Alyssa Sinclair, envolveu 420 adultos e uma tarefa um tanto quanto inusitada: eles deveriam se imaginar como ladrões de um museu em um jogo de computador. No entanto, a abordagem mudou entre os grupos.
Enquanto para um deles, a orientação era agir como se estivessem cometendo o roubo naquele exato momento, para o outro, a ideia era planejar um assalto para o futuro. Ambos deveriam prestar atenção nas pinturas e seus respectivos valores.
Os resultados foram bastante interessantes
O grupo que simulava o roubo em tempo real demonstrou mais foco, memorizando mais facilmente as pinturas de maior valor. Por outro lado, o grupo que estava planejando o assalto para o futuro, ou seja, estava em uma situação de menor urgência, demonstrou uma memória mais aguçada no segundo dia de testes, lembrando corretamente um número maior de pinturas e seus valores.
Isso significa que, apesar do estresse e da urgência poderem aumentar o foco, a memória é mais bem estimulada em situações de menor pressão. Nesse contexto, a curiosidade mostrou-se como uma ferramenta poderosa, capaz de ativar regiões do cérebro relacionadas ao armazenamento de memórias de longo prazo.
E o que isso tem a ver com o seu dia a dia?
Bem, significa que adotar uma postura curiosa em relação ao mundo pode ser uma técnica simples e eficaz para melhorar a memória. Ao se permitir explorar e investigar novos assuntos, perguntar, procurar respostas, você está, na verdade, dando um estímulo positivo para o seu cérebro, ajudando-o a reter informações por mais tempo.
Assim, além de expandir o seu conhecimento, estar disposto a aprender pode te ajudar a lembrar onde deixou as chaves do carro, o nome daquela pessoa que você conheceu na festa da semana passada ou aquele conceito importante para a sua prova.
A pesquisa da Universidade Duke está em uma nova fase, procurando entender melhor como a urgência e a curiosidade impactam diferentes partes do cérebro. Enquanto aguardamos novos resultados, que tal começarmos a alimentar esse hábito desde já? Afinal, quem não gostaria de ter uma memória melhor, não é mesmo?