Quem nunca fantasiou, durante um cochilo no sofá ou uma noite insone, sobre o que seria viver por milênios, testemunhar séculos de evolução, inovações e revoluções? Parece coisa de filme de ficção, certo?
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Bom, um especialista em envelhecimento tem uma visão que pode parecer saída diretamente de um roteiro de Hollywood: ele defende que o ser humano, com o auxílio da tecnologia, pode alcançar a marca de viver até 20 mil anos!
Adiando o processo de envelhecimento
Imagine a cena: você, comemorando seus 15 mil anos de vida, rodeado de amigos, família e um bolo que mal cabe no recinto. Parece surreal? Pois o Dr. João Pedro de Magalhães, especialista na área da biogerontologia molecular na Universidade de Birmingham, na Inglaterra, não acha tão improvável assim.
Para ele, nossa biologia, essa dança complexa e intricada regida por códigos genéticos que mais parecem sofisticados algoritmos de computador, tem em si o potencial de ser “reprogramada”. Se conseguirmos dar um “upgrade” nesse software, poderíamos adiar o processo de envelhecimento e, quem sabe, encarar a morte como uma visitante distante.
Ele exemplifica sua teoria com um órgão que nem sempre é o centro das atenções em conversas sobre longevidade: o timo. Essa glândula, tão vital na juventude para nossa imunidade, tem o hábito frustrante de se transformar em gordura já na casa dos 20 anos. Uma traição biológica, não?
A inspiração para Magalhães vem dos animais que dão um baile em termos de longevidade. Se a baleia-da-groenlândia, que tranquilamente celebra seus 200 anos de vida, e o rato-toupeira-pelado, que dá um show de resistência vivendo até 30 anos (uma verdadeira façanha para um roedor), conseguem, por que nós, humanos, não poderíamos?
E antes que você pense que isso é pura fantasia, Magalhães nos lembra de um fato intrigante. “Se conseguíssemos solucionar o enigma do envelhecimento humano, estaríamos olhando para uma expectativa de vida de mais de mil anos”, ele diz.
A jornada ainda é longa, claro. Há muito que se pesquisar, tecnologias a serem desenvolvidas, genes a serem mapeados e reprogramados. Mas, quem sabe, a utopia de viver milênios não é tão utópica assim.
E aí, pronto para pensar na festa de aniversário dos seus 10 mil anos?
