Vamos começar com uma simples pergunta: o que você faria se recebesse uma gorjeta de R$ 2,7 mil? Bem, se você estivesse trabalhando como garçom em Saint-Tropez, essa quantia poderia parecer uma pechincha.
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Imagine a seguinte cena: você está em uma aconchegante cidade costeira francesa, famosa por suas paisagens deslumbrantes e o champanhe fluindo como água. O clima? Puro luxo. Após desfrutar de uma refeição, um turista italiano, claramente satisfeito, deixa uma gorjeta generosa de 500 euros (cerca de R$ 2,7 mil). Mas, acredite se quiser, isso não foi suficiente.
Isso mesmo! O garçom, em uma mistura de surpresa e indignação, corre atrás do cliente até o estacionamento e, sem pestanejar, solta: “Não é o suficiente”. Segundo relatos, o valor da gorjeta representava somente 10% do valor total da conta.
O atrevido garçom sugeriu que a gorjeta chegasse a 1 mil euros, algo próximo de 20% do valor consumido. Não preciso dizer que o italiano, espantado, jurou nunca mais colocar os pés em Saint-Tropez.
A história não é isolada
Mas, por mais inacreditável que pareça, essa não é uma história isolada. Há relatos de restaurantes em Saint-Tropez exigindo um gasto mínimo astronômico, e se você não desembolsa uma gorjeta à altura, corre o risco de ser “banido” dos demais restaurantes da cidade. Sim, é como se fosse um clube exclusivo onde os garçons avaliam os clientes pela gorjeta.
E se você acha que isso é apenas um jogo de poder entre garçons e turistas, pense de novo. O próprio prefeito da cidade, Sylvie Siri, está indignado. Para ele, essas práticas são comparáveis à extorsão.
Então, da próxima vez que você estiver pensando em desfrutar das delícias da Riviera Francesa, talvez seja uma boa ideia checar o saldo bancário antes.