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Proibições, multas e impostos: o desafio de ser turista na Europa em 2023

Já ouviu falar em "overtourism"? Movimento tem levado destinos populares da Europa a tomarem medidas drásticas para preservar as cidades turísticas e seus moradores.



O excesso de turistas em destinos populares da Europa está levando governos locais a agirem para combater o chamado “overtourism” e suas consequências negativas. Com isso, medidas drásticas como multas, impostos e até mesmo punições para turistas estão surgindo em lugares que antes incentivavam turistas.

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Isso tem ocorrido porque, com o crescente número de visitantes, muitos lugares se tornaram inabitáveis para os moradores locais, com trânsito, barulho, poluição e lixo sendo algumas das principais queixas. A União Europeia ainda não possui uma posição oficial sobre o tema, mas o debate sobre como lidar com a superlotação turística já está em andamento.

“O excesso de turismo já é tão agudo que destinos populares estão fazendo o impensável e tentando desencorajar ou bloquear chegadas”, ressaltou o “The Guardian” em uma publicação. “Os lugares mais perfeitos do mundo estão sendo transformados em cenários para selfies de turistas. O overtourism na Europa está tornando os destinos no oposto do que costumavam ser”.

Sem decisão coletiva, destinos populares da Europa começam seus próprios ajustes

Enquanto a posição coletiva não chega, diversas cidades estão adotando medidas drásticas para conter o fluxo de visitantes. Em Amsterdã, navios de cruzeiro foram proibidos de entrar no porto principal, e outras ações como a campanha de desencorajamento e a proibição de fumar maconha ao ar livre também foram implementadas. Em cidades italianas como Veneza, Roma e Portofino, estão sendo impostas restrições ao acesso a pontos turísticos famosos, e multas são aplicadas a turistas que descumprem as regras.

Na França, a cidade de Nice lançou uma campanha de street art com armadilhas gigantes para ratos, de forma humorística, mas também para expressar os sentimentos negativos em relação ao excesso de turismo. O governo francês também está planejando uma campanha para regulamentar o fluxo turístico e incentivar visitantes a adaptarem suas escolhas e horários de destino.

Em Santiago de Compostela, na Espanha, autoridades estão planejando lançar um imposto turístico para controlar o número de visitantes, e em Mallorca, medidas estão sendo tomadas para proibir comportamentos inadequados de turistas. Já em Portugal, tocar música alta em praias populares pode resultar em multas elevadas, e outras restrições também estão em vigor. E na Croácia, a cidade de Dubrovnik está implantando um sistema de depósito de bagagem para minimizar o barulho das malas nas ruas do centro histórico.

O “overtourism” está afetando negativamente tanto os moradores locais quanto os próprios turistas, que enfrentam longas filas e dificuldades para aproveitar os destinos.

Os governos estão sob pressão para encontrar soluções para esse boom no turismo e, como visto, algumas restrições já foram implementadas para controlar o fluxo de visitantes e proteger os locais mais afetados pelo excesso de turismo. A Organização Mundial do Turismo prevê que o número de turistas internacionais pode chegar a 2 bilhões até o final da década.




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