Cansou de ser quem é? Expert diz se é possível mudar de personalidade

Vamos pensar um pouco: somos os mesmos de anos atrás? À medida que o tempo avança, experiências, aprendizados e decisões nos transformam.



Já sentiu que aquela famosa frase “não posso mudar, sou assim mesmo” não passa de uma desculpa? Bem, há uma boa notícia vindo diretamente do mundo da ciência: talvez essa história de que “leopardo não muda suas pintas” não seja 100% verdade quando se trata de nós, seres humanos.

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Vamos pensar um pouco: somos os mesmos que éramos há cinco, dez anos atrás? O que te fazia rir, chorar ou até irritar, ainda é o mesmo? Conforme o tempo passa, somos moldados por experiências, conhecimentos e, sim, por nossas escolhas.

Mas a questão principal aqui é: dá para dar uma acelerada nesse processo e realmente mudar traços da nossa personalidade que talvez estejam… Bem, digamos, atrapalhando o progresso?

Segundo Brent W. Roberts, um expert em personalidade da Universidade de Illinois, a resposta é um sonoro “sim”. Ele nos conta que:

“Os traços de personalidade de fato mudam com a idade” e vai além, provocando: “se a nossa personalidade está sempre em construção, então será que conseguimos mudá-la, se quisermos?”

Roberts dá aquele spoiler sobre os resultados de suas pesquisas: “Descobrimos que consultar um terapeuta levou a uma redução pela metade nos desvios-padrão do neuroticismo”.

Isso em apenas quatro semanas, imagine só! Mas calma lá! Antes que você saia correndo para marcar a primeira consulta, ele deixa claro que não é preciso necessariamente da ajuda de um terapeuta para isso.

E o que fazer, então?

Mudar nossa personalidade é quase como aprender uma nova receita. Primeiro, precisamos de motivação. Em seguida, é importante entender o que queremos mudar e, mais importante, por quê.

Como bem lembra Roberts, “muitas pessoas dizem que gostariam de se tornar menos boazinhas – essa é a minha preferida”. Ele explica que o que essas pessoas geralmente querem é aprender a se posicionar de maneira assertiva.

Depois disso, precisamos praticar. E muito! “É preciso dar às pessoas a oportunidade de experimentar os novos comportamentos, implementá-los, falhar, tentar novamente e orientá-las, num esforço para criar a própria competência”, reforça Roberts.

Por fim, é fundamental ter alguém para orientar você nesse processo. E, veja só, não precisa ser uma pessoa. Roberts diz que, hoje em dia, “a IA generativa está ficando mais sofisticada”. Logo, um programa, um app ou até um robozinho simpático poderiam te ajudar nessa jornada.




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