O dia tem 24 horas para todos, certo? E, no entanto, enquanto a tecnologia avança e nos conecta com milhares de pessoas ao redor do mundo em questão de segundos, nos encontramos em um paradoxo. Apesar de estarmos mais “conectados” do que nunca, muitos de nós sentem que têm cada vez menos amigos verdadeiros.
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Se antes tínhamos uma lista extensa de amigos para ligar a qualquer hora, hoje, para muitos, essa lista reduziu drasticamente. Mas o que aconteceu?
Bem-vindo à era da “recessão da amizade”, um termo que vem sendo usado para descrever essa sensação generalizada de distanciamento em nossas relações pessoais. Numa sociedade que valoriza tanto a produtividade, será que esquecemos como cultivar e manter amigos?
Barreiras da amizade mais comuns em 2023
- Correndo contra o tempo e contra a solidão
A primeira barreira, sem dúvidas, é o tempo. Com carreiras em ascensão, estudos constantes e a pressão da vida moderna, parece que não sobra tempo para um café, uma ligação ou até mesmo uma rápida troca de mensagens.
Se antes as tardes eram preenchidas com conversas longas e encontros descompromissados, hoje, muitos veem suas agendas apertadas, sem espaço para a espontaneidade.
- Amizade na era digital: qualidade x quantidade
Outro aspecto é a transformação digital. Se por um lado temos acesso a centenas, senão milhares, de “amigos” nas redes sociais, por outro, a profundidade e qualidade dessas conexões são questionáveis. O digital trouxe quantidade, mas muitas vezes em detrimento da qualidade.
- A arte de ser amigo: um “trabalho” que vale a pena
A amizade, como qualquer relacionamento significativo, requer esforço. Exige dar e receber, estar presente, escutar e, acima de tudo, dedicar tempo. Mas, nesse frenesi de compromissos e prazos, muitos optam por evitar esse “trabalho” adicional.
No entanto, a psicologia nos alerta sobre os perigos dessa escolha. Relações sociais saudáveis são fundamentais para nossa saúde mental, bem-estar e desenvolvimento pessoal. Abandoná-las ou negligenciá-las pode nos levar a um caminho de isolamento e solidão, mesmo em uma sala cheia de pessoas.
Portanto, precisamos reaprender a importância do toque humano, da conversa olho no olho e da presença física.
