As placas no “formato Mercosul” podem estar com os dias contados, pois um projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional pretende acabar com as placas automotivas do modelo atual e retomar o padrão antigo, que indicava o estado e município de registro do veículo. Entenda o motivo por trás dessas mudanças.
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O uso do padrão Mercosul começou em 2018. Agora, o Projeto de Lei número 3.214/2023, de autoria do senador Esperidião Amin, está em análise na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e pode seguir para votação na Comissão de Constituição e Justiça e, posteriormente, para a Câmara dos Deputados.
Padrão antigo das placas de carros pode voltar
O autor do projeto argumenta que as informações das placas são importantes e auxiliam na identificação dos veículos. Em caso de irregularidades, por exemplo, as autoridades de segurança podem checar os problemas com maior facilidade. Apesar do argumento do senador, há opiniões contrárias sobre esse ponto, principalmente considerando que a placa Mercosul criou uma uniformização em vários países.
Apesar disso, o senador argumenta que a placa com identificação regional ajuda a manter um senso de identidade e pertencimento, além de contribuir para o levantamento de estatísticas, inclusive turísticas.
Para os críticos do projeto, essa mudança é desnecessária e resultaria em custos adicionais que poderiam ser evitados. Além disso, consideram a argumentação do senador ineficaz, uma vez que as placas Mercosul já têm um código QR e um chip que facilitam a consulta dos dados do veículo por meio de dispositivos eletrônicos.
Portanto, a simples informação do estado e município faz pouca diferença em relação à segurança. Assim, a mudança das placas é vista como um ponto crítico no projeto em discussão.
Na votação realizada no site do Senado, a maioria das pessoas que participaram se mostraram favoráveis ao projeto, com 987 votos a favor e 108 contra. Será necessário acompanhar o desenrolar desse processo para saber se as placas do padrão antigo voltarão a ser utilizadas no Brasil.