Uma inovação para o trânsito promete reforçar a fiscalização em cima dos motoristas infratores. São os carros conhecidos como “dedos-duros”. Eles vão indicar muitas infrações, especialmente aquelas que dizem respeito ao estacionamento rotativo. Entenda como isso vai funcionar.
Leia mais: Cadeia na certa! ESTA infração pode custar R$ 3.000 e 10 anos de prisão
Esses veículos terão uma identificação especial, o logotipo da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Para garantir a fiscalização, eles terão câmeras no teto e GPS. A ideia é que os carros “X9” consigam ser um reforço a mais na inspeção, especialmente no que diz respeito ao uso das vagas de estacionamento.
Carros dedos-duros
Com esses carros, a ideia é que eles consigam identificar os veículos estacionados de forma irregular na Zona Azul de São Paulo. Ao notarem tais irregularidades, eles conseguem transmitir em tempo real as informações precisas sobre os veículos. Por exemplo: pode informar as imagens da placa e da localização.
Assim, um agente de trânsito consegue ir até o local e seguir com os demais procedimentos para a notificação da infração, ou seja, é capaz de aplicar a multa pessoalmente. Por mais que os carros dedos-duros tenham começado a ser vistos mais recentemente, eles estão por aí desde 2020.
Há 80 carros que ficam exclusivamente responsáveis pela fiscalização.
Eles conseguem monitorar cerca de 54 mil vagas de estacionamento rotativo. O sistema de câmeras utiliza a tecnologia OCR (Optical Character Recognition ou Reconhecimento Ótico de Caracteres) para identificar as placas dos veículos. A empresa de estacionamento responsável por disponibilizar os carros “dedos-duros” é a Estapar.
Assim, a empresa fica responsável pelas autuações e faz a cobrança das multas.
Mais avanços podem surgir nos próximos meses. Isso, porque uma possível regulamentação da fiscalização automática pode permitir que as câmeras presentes nos “carros dedos-duros” e câmeras fixas executem a autuação sem nenhuma intervenção humana.
Mas isso ainda segue em discussão. Esses e outros avanços vão depender da precisão do GPS e de outros aspectos que podem permitir que os carros, além de serem “X9”, façam as autuações.