Muitos de nós já ouvimos o termo “treino de pernas”, frequentemente repetido por frequentadores de academia. Essa atividade foca nos membros inferiores, mas em meio a tantos exercícios, um músculo frequentemente é esquecido: a panturrilha.
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Você já parou para pensar no quanto ela é importante para sua saúde? Mais do que um simples músculo, ela é apelidada de nosso “segundo coração“, e não é por acaso.
Papel vital da panturrilha
Num mundo em que estamos cada vez mais sentados, nossa panturrilha fica, infelizmente, frequentemente em repouso. Mas esse pequeno músculo desempenha um papel vital no nosso sistema circulatório, sendo praticamente uma central de impulso para nosso sistema venoso.
Conforme explica o cardiologista Fernando Reis, “enquanto o coração bombeia sangue para todo o corpo através das artérias, levando oxigênio e nutrientes para os órgãos, a musculatura da panturrilha pressiona os vasos sanguíneos das pernas, ajudando o sangue a voltar para o coração por meio das veias“.
Esse processo é similar à compressão exercida por meias elásticas. “É o mesmo princípio. Com uma panturrilha bem trabalhada, a musculatura faz esse serviço, e quanto mais forte a panturrilha, mais pressão ela exerce no sistema venoso“, complementa o doutor Reis.
Ignorar o fortalecimento dessa área pode ser prejudicial. Problemas como varizes e até mesmo trombose podem surgir quando negligenciamos esse músculo.
Mas, como qualquer sistema bem afinado, nosso corpo nos dá sinais de alerta. Sensação de peso, incômodos e rigidez na região da panturrilha são alguns dos sinais a serem observados. “Você aperta e sente um incômodo. É um sinal de risco de trombose“, adverte o fisiatra Fabrício Buzzato.
Por onde começar a cuidar do seu “segundo coração”
Se a panturrilha é tão crucial para nossa saúde, como podemos começar a cuidar dela?
Se você já pratica atividades físicas, converse com seu instrutor sobre exercícios específicos para essa região. Para aqueles que passam muito tempo sentados, levantar-se a cada hora e caminhar um pouco já ajuda.
Aqui estão algumas dicas adicionais:
- Em casa, experimente exercícios simples, como ficar na ponta dos pés em um degrau e movimentar-se para cima e para baixo.
- No dia a dia, troque elevadores e escadas rolantes por escadas comuns.
- Se sentir incômodos frequentes na região, procure um especialista. Meias de compressão também podem ser uma solução, com orientação médica.