Há não muito tempo, tirar foto ostentando um copo da Starbucks era um ápice da sofisticação. Todo mundo queria ter uma imagem destas no feed do Instagram, e a franquia de bebidas era um point obrigatório em qualquer cidade grande.
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Acontece que os tempos mudaram. Agora, o sonho de consumo das pessoas é ter uma máquina de café em casa, daquelas que você compra as cápsulas – disponíveis nos mais variados sabores – e prepara a bebida no conforto do seu lar.
Quem diz isso não somos nós. É uma tendência de mercado, conforme relatório recém-divulgado pela empresa de consultoria digital ResearchAndMarkets.com. O documento, cujo título é “Mercado Global de Máquinas de Expresso (2023-2028)” projeta um montante total de US$ 12,8 bilhões (algo em torno de R$ 64,5 bilhões na cotação atual) para este mercado, apenas em 2023.
Até 2028, a estimativa é de que as máquinas de café – e seus acessórios e cápsulas – atinjam um lucro de US$ 16,7 bilhões (R$ 84,2 bilhões). É muito dinheiro e, principalmente, muito café. E uma taxa de crescimento estimada em 5,50% ao ano.
Por que as máquinas de café estão desbancando a Starbucks?
Apesar de a Starbucks ainda ser uma marca muito bem consolidada no mercado de café e ainda ter lá o seu prestígio, as pessoas estão deixando de ir lá. O primeiro motivo é o tempo de o pedido ficar pronto – a empresa está ciente deste gargalo e trabalhando para resolvê-lo o quanto antes.
O segundo é o dinheiro. O relatório leva em consideração o salário mínimo pago nos Estados Unidos e aponta que ganhando aproximadamente US$ 15 por hora, em Nova York, fica impossível beber frapuccinos a todo tempo.
Comprar uma máquina de café não é tão barato assim, mas é um investimento a longo prazo. Além disso, há uma infinidade de cápsulas, grãos e sabores diversos. Ou seja, você pode preparar seu próprio frapuccino, macchiato ou café gourmet no conforto da sua casa.
Aliás, segundo a Associação nacional de Café dos Estados Unidos (NCA, da sigla em Inglês), o consumo de café especial teve alta neste ano. Estima-se um aumento de 30% de bebidas à base de expresso desde o início da pandemia.
Gargalos
Mesmo sendo um investimento cujo resultado só é perceptível após alguns meses de uso, o preço das máquinas continua sendo um grande empecilho. Mas as marcas já estão se mobilizando para contornar esta situação também.
Algumas têm lançado modelos mais “compactos” e com menos potência para que o produto seja mais acessível. Ao mesmo tempo, para quem pode pagar por algo mais caro há opções cada vez mais tecnológicas, com recursos sustentáveis e também conectividade via Wi-Fi.
E, claro, opções de parcelamentos em suaves prestações.