Falar de café é falar de encontros, cultura e, claro, saúde. A bebida que conquistou corações ao redor do mundo e ocupa lugar de destaque em nossas rotinas também esconde seus segredos e limites. Sim, limites! Você já parou para pensar no quanto de café é muito café? Pegue sua xícara e acompanhe, porque essa conversa vai ser boa.
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Diversos estudos já têm mostrado os benefícios de se consumir café. Diminuição dos riscos de diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer são apenas alguns deles. Rob van Dam, da Universidade George Washington, até aponta: “No geral, o café faz mais bem do que mal”. Porém, e sempre tem um porém, existem limites que não devemos ultrapassar.
Quando os alertas aparecem
Você sabe, aquele cafézinho depois do almoço, o expresso da tarde, aquele outro na visita à vovó… A soma começa a crescer, não é mesmo? E aí surgem os alertas. Jennifer Temple, da Universidade de Buffalo, destaca que o excesso de cafeína, presente em nosso querido café, pode levar a batimentos cardíacos acelerados, nervosismo e até problemas para dormir.
E não para por aí. Já ouviu falar de refluxo ácido? Pois ele também pode ser um efeito colateral, conforme aponta Adrienne Hughes, médica toxicologista e professora assistente de medicina de emergência na Universidade de Saúde e Ciência de Oregon. Mas, antes que você pense em jogar fora sua cafeteira, respire fundo e entenda: tudo depende da quantidade.
A verdadeira questão é: quanto é demais?
Segundo a Food and Drug Administration (FDA), a grande maioria dos adultos pode consumir com segurança até 400 mg de cafeína diariamente. Traduzindo em termos práticos, estamos falando de aproximadamente quatro xícaras de café coado. E atenção, futuras mamães: durante a gravidez, o limite cai para 200 mg.
E vale o aviso: nem todo café é igual! As variações podem ser enormes. Enquanto uma xícara padrão de café coado pode ter de 80 a 100 mg de cafeína, um café tamanho “alto” do Starbucks pode chegar a 235 mg.
Outra curiosidade que vale destacar: a forma como metabolizamos a cafeína varia de pessoa para pessoa. Enquanto alguns podem sentir os efeitos do café por muito tempo, outros processam a substância rapidamente e não sentem grandes diferenças. Marilyn Cornelis, da Universidade Northwestern, aponta que, dependendo da nossa genética, a cafeína pode levar de 2 a 10 horas para ser reduzida à metade no sangue.