Bebe café todos os dias? Parabéns, sua memória vai te agradecer

Muitas perguntas têm surgido sobre os prós e contras do café, e as pesquisas recentes estão acrescentando novos elementos a esse debate.



Quem é que não adora aquele aroma reconfortante e energizante do café que nos acorda todas as manhãs? Entretanto, muita gente se pergunta se a bebida em jejum faz bem ou mal, se seu efeito laxante é um sinal de algo prejudicial ao organismo ou ainda se o consumo excessivo pode trazer problemas.

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Mas uma recente pesquisa japonesa trouxe uma novidade que está fazendo muito barulho no mundo científico: o poder da cafeína e de outros compostos do café na melhora cognitiva e na perda de memória.

Descobertas que mexem com nossa mente… e memória!

O estudo, realizado na Universidade de Tsukuba, no Japão, explorou os efeitos da trigonelina (TG) – um composto bioativo encontrado no café – em camundongos idosos. Após 30 dias de suplementação com TG, os roedores mostraram melhora significativa em testes comportamentais.

E não para por aí, os cientistas perceberam que a suplementação causou mudanças positivas no hipocampo – uma região crucial do cérebro para a memória, tanto em humanos quanto em roedores.

Os pesquisadores notaram uma melhoria nas vias de sinalização relacionadas à produção de energia celular e uma diminuição nos níveis de neuroinflamação – uma característica comum em doenças neurodegenerativas como Alzheimer.

Os autores da pesquisa explicam: “O nosso estudo fornece informações valiosas sobre o potencial terapêutico da TG na melhoria do declínio cognitivo associado ao envelhecimento, destacando sua capacidade de atingir a neuroinflamação, a função sináptica e a liberação de neurotransmissores no hipocampo.

E o que isso significa para os amantes do café?

A descoberta é particularmente interessante, pois a trigonelina, além de estar presente no café, varia sua concentração de acordo com a torra do grão. Quanto mais torrado o grão, menos TG ele tem, o que pode influenciar a escolha do tipo de café que consumimos. Mas é claro, ainda são necessários mais estudos para entendermos completamente esses efeitos em humanos.

Mas uma coisa é certa, enquanto esperamos pelos próximos resultados, podemos aproveitar nossas xícaras de café diárias com um olhar ainda mais curioso e esperançoso. Quem diria que a solução para a memória, e talvez até mesmo para o envelhecimento cerebral, poderia estar escondida em nosso ritual matinal favorito?




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