Como a continuidade do El Niño até o fim do verão afeta o Brasil?

Efeitos do fenômeno no clima brasileiro terão um pico de intensidade no trimestre que vai de novembro a janeiro.



O El Niño deve continuar influenciando o clima do planeta até o fim do próximo verão, em meados de março ou abril de 2024, mostra um relatório da Administração Norte Americana de Oceano e Atmosfera (NOAA). Esses efeitos serão sentidos com intensidade no Brasil.

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Por aqui, o pico de intensidade do fenômeno será registrado no trimestre de novembro a janeiro, com redução das chuvas no Matopiba e aumento dos volumes na região Sul. Também são previstas temperaturas acima da média em todo o território brasileiro, elevando os riscos de incêndio no centro-norte.

Impactos por região

As condições climáticas incomuns terão impacto nas lavouras de primeira safra, como milho e soja, o que pode provocar um aumento no preço dos alimentos.

O alto volume de chuva atrasa a semeadura e impede o manejo e tratamento fitossanitário no Sul, além de prejudicar o desenvolvimento inicial das lavouras. Apesar de a situação ser mais tranquila no Sudeste, o solo ainda ressecado de São Paulo e Minas Gerais precisa de maiores volumes de precipitação.

Na região Centro-Oeste, o retorno vagaroso das chuvas prejudica a reposição da boa umidade no solo no ciclo inicial. As previsões mostram que os volumes ficarão abaixo da média, mas as máximas se manterão na casa dos 40ºC.

A escassez de chuvas deve permanecer sem mudanças no Nordeste pelo menos até dezembro, agravando a situação da seca. Com o El Niño em curso, os produtores que desejam começar a semear em sequeiro devem ficar de olho nas altas temperaturas e chuvas abaixo da média.

Já no Norte, a situação das chuvas pode continuar a mesma até dezembro de 2023, agravando a estiagem na região e a situação de solo mais ressecado. Assim como nas demais áreas do país, as condições aumentam o risco de focos de incêndio.




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