Contagem regressiva: em 2 anos, a IA ultrapassará as SUAS habilidades

Em um cenário dinâmico, uma realidade se destaca: muitas habilidades que consideramos vitais hoje podem perder relevância em pouco tempo.



Vivemos tempos revolucionários. Não percebeu? Então pense na velocidade com que a tecnologia evolui, especialmente no campo da inteligência artificial (IA). Nesse cenário dinâmico, uma realidade se destaca: muitas habilidades que consideramos vitais nos dias de hoje podem perder relevância em pouco tempo.

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Uma recente pesquisa realizada pela edX, plataforma de educação on-line fundada por titãs acadêmicos, como Harvard e MIT, lança luz sobre essa questão. Para começar, segundo o estudo, 49% das competências da força de trabalho atual poderão não ser mais relevantes em apenas dois anos, devido ao avanço da IA.

Surpreendentemente, esse dado não se restringe apenas aos trabalhadores de base. Os próprios líderes sentem que as suas habilidades podem ficar desatualizadas em breve. Diante deste panorama, uma indagação se impõe: estamos preparados para o futuro do trabalho?

IA causa preocupação

Quase metade dos entrevistados acredita que os profissionais, em geral, não estão prontos para esse futuro. O mais alarmante é que, de acordo com os executivos que participaram da pesquisa, em cinco anos, a IA poderá substituir mais da metade das funções de profissionais de nível inicial.

E olha que não estamos falando apenas de tarefas mecânicas. Até mesmo os cargos de gestão, em uma proporção de 56%, acreditam que serão “totalmente” ou “parcialmente” ocupados pela IA.

Mas calma! Nem todos veem esse futuro de forma tão alarmada. Richard Jeffs, uma figura de peso na cena global de TI, oferece uma perspectiva equilibrada: “Na minha opinião, o impacto imediato da IA nas carreiras provavelmente será mínimo”, ele afirmou, ressaltando que muitas empresas ainda estão engatinhando na adoção da IA. Jeffs prevê um impacto mais significativo a longo prazo, quando a inteligência se consolidar no tecido empresarial.

O caminho a seguir não é meramente substituir humanos por máquinas

A realidade é muito mais complexa. Frederico Braga, líder da área digital de uma grande biofarmacêutica, comentou sobre o desafio de prever exatamente onde e quando essa transição acontecerá.

Ele destacou: “Quase todos os profissionais cujo dia a dia está de alguma forma conectado com uma atividade digital precisarão ajustar seus objetivos de carreira à medida que eles – e as pessoas ao seu redor – começarão a ver mudanças em suas atividades e processos diários relacionados ao trabalho”.

A discussão também nos leva a uma reflexão mais ampla sobre o papel da IA. Vittorio Cretella, CIO da Procter and Gamble, argumentou que, em vez de meramente substituir habilidades humanas, a IA mais bem-sucedida ampliará essas capacidades.

Mesmo em meio a essas mudanças aceleradas, a criatividade e a resolução de problemas emergem como competências cruciais. “A criatividade é uma área em que anos de experiência no mundo real podem ser difíceis de substituir pela IA”, pontuou Jonathan Martins, presidente de uma plataforma de gerenciamento de dados.




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