O Open Gateway foi lançado nesta terça-feira (28) pelas maiores empresas de telecomunicação do Brasil. A iniciativa surgiu por meio de uma colaboração da indústria, com o intuito de compartilhar dados das empresas parceiras para otimizar a criação de aplicativos que funcionem em qualquer smartphone.
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O projeto foi apresentado em fevereiro deste ano, integrado por 21 companhias participantes da GSMA, associação global de operadoras de telefonia. Agora o projeto desembarca em solo brasileiro, sendo o primeiro país da América Latina a integrar o projeto. O Open Gateway é uma plataforma que oferta acesso unificado às redes das operadoras para desenvolvedores e provedores de nuvens.
Por meio dele, novas funções podem ser criadas por esses profissionais. No Brasil, a Open Gateway chega com três novos serviços: análise de troca de cartão SIM, verificação de número e localização do dispositivo. “Ela expõe as capacidades de rede de cada uma das operadoras, de forma padronizada e alinhada, para os desenvolvedores do mercado”, explica Henry Calvert, chefe de redes da GSMA.
O que vai mudar?
As maiores operadoras do Brasil, Tim, Claro e Vivo, já se alinharam para lançar as novas funcionalidades. A GSMA informou que as operadoras menores também são bem-vindas para se unir ao projeto. Com a verificação de número de celular, os usuários irão garantir uma autenticação mais forte.
Dessa forma, os serviços que utilizam o número de celular e senhas de uso único por SMS, poderão utilizar da nova ferramenta para tornar a operação mais segura. Outra possibilidade com o Open Gateway é a verificação na troca de cartão SIM, conhecido popularmente como chip. O intuito é evitar fraudes, como a clonagem de chips.
No caso da terceira novidade, a localização do dispositivo, os desenvolvedores poderão confirmar se um smartphone está realmente no local em que declara estar. A novidade pode ser útil durante saques de dinheiro ou uso do cartão de crédito em locais inesperados. “É uma maneira de alinhar as redes para que todos os bancos tenham essas informações, porque os clientes deles estão em todas as operadoras, não apenas em uma”, afirma Calvert.
“Em função da transformação digital, sobretudo pós-pandemia, o número de transações realizadas pelo smartphone aumentou significativamente. Com isso, o desafio na identificação de pessoas em meio digital passou a ser fundamental”, defendeu Debora Bortolasi, diretora-executiva B2B da Vivo.