O Banco Central divulgou novos dados que mostram uma queda nas taxas médias cobradas nas operações de cartão de crédito rotativo e cheque especial. Também houve uma redução um pouco mais discreta nos juros do crédito pessoal não consignado.
Leia mais: Até R$ 100 mil: 470 mil brasileiros tem dinheiro a receber dos planos Bresser, Verão e Collor I e II
A taxa média de juros cobrada dos clientes pessoa física no crédito livre caiu 1,9% em outubro, para 55,4% ao ano. O recuo alcança 1,2 ponto percentual no acumulado no ano.
O resultado foi puxado pelos juros médios do cartão de crédito rotativo, que caíram 9,5 p.p., e do cheque especial, que recuaram 7,3 p.p. no mesmo período. A queda para o crédito pessoal não consignado foi de 1,7%.
No crédito livre, em que os bancos podem emprestar dinheiro captado no mercado e fixar as próprias taxas de juros, houve decréscimo de 1,1 p.p. mensal e estabilidade interanual, com a taxa média chegando a 42,2%. Para as pessoas jurídicas, o juro médio registrou “estabilidade no mês e redução de 0,4 p.p. em 12 meses”, chegando a 22,8% ao ano, segundo o BC.
Juros do rotativo
O rotativo do cartão de crédito é uma linha de crédito pré-aprovada acionada quando o cliente não consegue pagar o valor total da fatura na data de vencimento. O banco deve parcelar o saldo devedor ou oferecer outra forma mais vantajosa de quitação da dívida em caso de inadimplência por mais de 30 dias.
A taxa da modalidade recuou de 441,1% para 431,6% ao ano entre setembro e outubro, atingindo o menor nível desde fevereiro (420,4% ao ano).
Apesar do decréscimo mensal, o crédito rotativo continua sendo a linha mais cara do mercado e com o maior nível de inadimplência. “É uma anomalia muito grande uma taxa de juros que beira os 500%. Alguma coisa, de fato, precisa ser feita. Nesse sentido, a possibilidade de mudar ou até mesmo extinguir esse tipo de cobrança é bem-vinda”, disse o consultor econômico André Galhardo, ao portal Metrópoles.