Na busca por ampliar sua presença no mercado de cripto, o Nubank fechou uma parceria com a Circle e anunciou que irá ofertar a stablecoin, criptomoeda atrelada ao valor do dólar. Os clientes também poderão sacar moedas digitais disponíveis em conta para suas carteiras digitais.
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A partir do primeiro trimestre de 2024, o banco digital também vai permitir ao usuário enviar criptomoedas das wallets para seu aplicativo. A negociação da stablecoin USD Coin (USDC) começou a ser liberada gradualmente para os correntistas da instituição financeira na última terça-feira (5).
Segundo Thomaz Fortes, líder do Nubank Cripto, a Circle escolheu a USDC e não a Tether (USDT), líder do mercado, por motivos de confiança. “Gostamos da estrutura e do nível de segurança da USDC, que possui todas as suas reservas em dólar”, disse em coletiva de imprensa.
Ele também explicou que existem situações de uso interessantes de stablecoins por clientes dos bancos, como a proteção contra a inflação e o acesso fácil ao dólar. Fortes acredita que a negociação de USDC e o saque de criptomoedas para carteiras privadas estão alinhados com a estratégia de garantir “acesso seguro” dos clientes ao ambiente das finanças descentralizadas (DeFi).
“Queremos dar o controle para os clientes movimentarem seu dinheiro da maneira como quiserem”, acrescentou.
Novas apostas
Outra novidade do Nubank é a integração com a Talos, dona de uma rede de provedores que inclui a Chicago Mercantile Exchange e a Chicago Board Options Exchange. O objetivo da parceria é cortar os custos das transações para os usuários por meio do uso de provedores de liquidez.
“Já reduzimos as taxas de transação de 1,6% para 0,9%, a ideia é manter isso e conseguir continuar reduzindo os preços”, contou o executivo.
O aplicativo do Nubank possui 14 tokens para negociação de criptomoedas, área que somou R$ 1,5 bilhão em volume transacionado e tem 1,6 milhão de clientes ativos. As mais populares entre os clientes são: bitcoin (BTC), ether (ETH) e solana (SOL).
Para o líder do Nubank Cripto, o blockchain e a inteligência artificial podem estabelecer novos paradigmas de personalização para os usuários e fazer com que os próximos ativos sejam totalmente tokenizados. No entanto, ele pontuou que a instituição financeira ainda não tem planos de lançar tokens de renda fixa.
“Estamos acompanhando a renda fixa digital mais no contexto do Drex, projeto do qual participamos”, completou.
