No cenário atual, um Projeto de Lei (PL) está em discussão na Câmara dos Deputados com a proposta de conceder descontos significativos na compra de veículos zero km para a população idosa brasileira.
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O autor da iniciativa é o ex-deputado federal Alexandre Frota, que busca estabelecer vantagens específicas para os cidadãos da terceira idade, visando a isenção fiscal sobre o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na aquisição de automóveis novos.
O PL 2937/2020 propõe que, a cada cinco anos, os idosos estejam isentos do pagamento do IPI, proporcionando uma redução nos preços dos carros.
Atualmente, o Brasil carece de uma legislação semelhante, e essa proposta surge como uma tentativa de corrigir essa lacuna, oferecendo benefícios diretos àqueles com mais de 60 anos.
Benefícios efetivos na compra
Embora o país ainda não tenha uma legislação específica sobre descontos para a terceira idade na aquisição de veículos, algumas concessionárias e montadoras já oferecem vantagens e facilidades para esse público.
Entradas menores, financiamentos mais acessíveis e juros reduzidos são práticas comuns, muitas vezes associadas a condições médicas específicas relacionadas à idade avançada, como hérnia de disco, tendinite, bursite e Lesão por Esforço Repetitivo (LER).
Alexandre Frota argumenta que a aprovação do PL traria benefícios significativos à indústria automotiva brasileira. Ele destaca a falta de incentivos para a população idosa e defende a necessidade de corrigir essa disparidade.
A proposta visa promover equidade e inclusão social, reconhecendo a importância da mobilidade para a qualidade de vida dos idosos.
Entretanto, apesar de ter obtido aprovação na Comissão dos Direitos da Pessoa Idosa em 2021, o PL 2937/2020 permanece parado na Câmara dos Deputados desde então.
Críticos argumentam que privilegiar apenas um grupo social pode ser injusto, prejudicando outras camadas da sociedade que não desfrutariam desses benefícios especiais.
Desafios e preocupações em torno do PL
Além das críticas à possibilidade de favorecer exclusivamente os idosos, há preocupações relacionadas ao possível aumento nos valores dos veículos.
Céticos argumentam que os fabricantes poderiam ajustar os preços para compensar os descontos oferecidos aos idosos, impactando negativamente os demais consumidores e o mercado automotivo como um todo.
O debate sobre a proposta continua, com defensores destacando os benefícios sociais e econômicos, enquanto opositores apontam para possíveis desequilíbrios e impactos financeiros adversos.
O destino do PL 2937/2020 permanece incerto, mas a discussão em torno da mobilidade dourada e da equidade na acessibilidade a veículos para a terceira idade está mais viva do que nunca.