Apesar de ter uma roupagem parecida com dinheiro de verdade, ela não tem validade para comprar nada. Ainda assim, há quem pague entre R$ 60 e R$ 80, aqui no Brasil, por um único exemplar. Como isso é possível? Estamos falando das notas de Zero Euro que, devido a seus desenhos colecionáveis, disponibilidade e raridade, podem valer muito no mercado.
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Tudo isso começou graças a uma invenção de Richard Faille, empresário francês, que, em 2015, criou notas sem valor, mas que poderiam atrair turistas interessados em levar um pedaço da Europa na mala. E a invenção deu mais que certo
Zero euro
Hoje há mais de 2,6 mil modelos diferentes da cédula de zero euro. Elas fazem parte dos desejos de consumo de colecionadores de notas e moedas ao redor do mundo. Prova disso é que, segundo André Rigue, especialista da comunidade numismática, mesmo que as cédulas não sejam oficiais, elas seguem critérios do Banco Central europeu. Portanto, elas trazem itens de segurança, assim como são impressas pelas mesmas gráficas parceiras que produzem o euro com valor comercial.
As notas colecionáveis são vendidas por toda a Europa e custam 2 euros, ou seja, um pouco mais de R$ 10 pela conversão atual). Para comprar a sua, basta procurar uma das máquinas de notas e escolher o modelo de sua preferência: tem como pontos turísticos europeus, times de futebol, animais e até mesmo do Brasil. Neste caso, a ilustração é da Seleção Brasileira de Futebol na Copa do Mundo da Rússia, em 2018.
Raridade
A questão é que nem todos os modelos são facilmente encontrados. “Existem modelos mais procurados, como do Albert Einstein e do Titanic, que podem chegar ao valor de 20 euros (aproximadamente R$ 53), ressalta o especialista.
Ainda segundo Rigue, em casas numismáticas, ou seja, que vendem cédulas e modelas de vários tipos e nacionalidades, os preços variam entre R$ 60 e R$ 80. O souvenir também está disponível em sites de venda como, por exemplo, o Mercado Livre e até mesmo a OLX. Por lá, os valores são mais altos, superando os R$ 100.
Dinheiro valioso
Outras moedas que são valiosas são as dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro de 2016. Hoje, as moedas de R$ 1 podem valer até R$ 300. Outro exemplo é a nota de R$ 50 que não possui a frase “Deus seja louvado” impressa. Ela chega a custar entre R$ 3,5 mil a R$ 4 mil.