Uma nova empresa chinesa está prestes a desembarcar no Brasil, trazendo com ela a preocupação de varejistas brasileiros e também da Shein. A Temu promete iniciar suas operações em território brasileiro ainda neste semestre. Conhecida por sua moda fast fashion a preços menores que os cobrados pela Shein e Shopee, a Temu conta com uma política agressiva de descontos.
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Nos Estados Unidos, a Temu é o segundo aplicativo mais popular entre os usuários mensais, perdendo apenas para a Amazon. Braço internacional da Pinduoduo, a Temu tem o objetivo de entregar diversas peças de vestuários, produtos de beleza, itens para casa e acessórios para os consumidores a preços atrativos.
Além da precificação, a varejista chinesa chama atenção também pela gamificação do processo de compras. Assim, ao cumprir um determinado número de comprar, enviar convites para novos usuários ou realizar logins no app, o usuário acumula descontos. Com isso, é possível que produtos saiam de graça, dependendo dos descontos adquiridos.
Polêmicas internacionais e relação com Ministério da Fazenda
O Governo Brasileiro tenta, há quase dois anos, encontrar a isonomia tributária entre as plataformas asiáticas, como a Shein e a Shopee, e os varejistas brasileiros. Dentre as medidas estudadas, está a nova alíquota do imposto de importação, aplicada em compras internacionais que ultrapassem os US$ 50.
No entanto, mesmo possuindo grande popularidade entre os usuários dos Estados Unidos e da China, a Temu possui algumas polêmicas em seus dois anos de existência. A empresa é mais uma fast fashion chinesa, que aposta nas roupas de menor qualidade, porém vendidas a preços mais acessíveis.
Dentre as questões levantadas sobre as varejistas chinesas de fast fashion, está as acusações em relação às condições precárias de mão de obra. Nesse quesito, estão inclusas as denúncias de trabalho análogo à escravidão nas fábricas. Além disso, a falta de transparência com os consumidores também é outro ponto analisado pelos especialistas ao olhar para as grandes varejistas.