Ser influenciador digital já foi o sonho de muitos, mas o mercado mudou bastante nos últimos anos. Afinal, a facilidade de entrada atraiu milhões de pessoas, mas também gerou uma saturação intensa. Hoje, há muito mais criadores do que marcas para firmar parcerias.
Essa disparidade faz com que muitos influenciadores precisem reinventar suas estratégias para se manterem relevantes. Alguns lançam suas próprias marcas ou cursos, enquanto outros acabam se envolvendo em campanhas questionáveis. Logo, isso levanta discussões sobre ética na profissão.
Ser influenciador exige reinvenção constante
Foto: Anatoliy Karlyuk/Shutterstock
A saturação do mercado é um dos maiores obstáculos para quem deseja ser influenciador. Ou seja, com mais de 10 milhões de brasileiros tentando conquistar seu espaço, as oportunidades de parceria com marcas ficam cada vez mais restritas. Para sobreviver, muitos influenciadores buscam diversificar suas fontes de renda.
O cenário atual exige uma constante adaptação. Ser influenciador hoje não é apenas sobre criar conteúdo, mas também sobre encontrar novas formas de se conectar com o público e manter a relevância. A pressão por autenticidade é crescente, mas também um desafio em um ambiente controlado por algoritmos que favorecem conteúdo previsível. Assim, isso leva muitos a enfrentarem dificuldades para se destacar sem perder a originalidade, tornando a jornada ainda mais complexa.
Influência da inteligência artificial no mercado
Outro ponto que torna a vida de quem quer ser influenciador mais difícil é a ascensão dos influenciadores sintéticos. Ou seja, criados com inteligência artificial, esses perfis já começaram a ganhar seguidores e atenção de marcas.
Sem as limitações humanas, como a necessidade de descanso ou mudanças de humor, esses avatares digitais conseguem produzir conteúdo de forma contínua e segmentada. Dessa maneira, isso coloca uma nova pressão sobre os influenciadores tradicionais, que precisam se esforçar ainda mais para manter sua relevância e conexão com o público.
Barreiras para ser influenciador se tornaram mais evidentes
Apesar da ascensão meteórica do marketing de influenciadores, o público mais velho ainda tem dificuldades para levar a sério quem trabalha nessa área. Por outro lado, as marcas continuam a investir pesado nesse formato, o que mantém o mercado ativo e lucrativo. No entanto, a baixa barreira de entrada, que permite praticamente a qualquer pessoa tentar a sorte como influenciador, gera um ambiente em que se destacar é cada vez mais desafiador.
Diante desse cenário, quem deseja ser influenciador precisa estar preparado para enfrentar uma concorrência acirrada e desafios éticos que antes não existiam. Desse modo, a solução pode estar em abraçar novas tendências, como a criação de conteúdos mais personalizados e o desenvolvimento de um relacionamento mais genuíno com o público. No fim das contas, ser influenciador ainda pode valer a pena, mas a estrada até o sucesso está longe de ser fácil ou garantida.
