Definir quem é uma pessoa rica no Brasil pode ser um tópico de muita controvérsia, sobretudo porque a desigualdade econômica acentua a complexidade dessa questão. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas uma pequena fração dos brasileiros, cerca de 1%, é identificada como rica.
Afinal, qual é o rendimento mensal necessário para ser considerado rico no nosso país?
A resposta para essa pergunta é alvo recorrente de muitas análises. O IBGE sugere que o 1% mais privilegiado possui um rendimento médio superior a R$ 20.664 mensais; entretanto, outras pesquisas apresentam valores divergentes para a classificação.
Perspectivas sobre renda e riqueza no Brasil
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) oferece uma visão mais abrangente. Utilizando dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua e declarações do Imposto de Renda, a instituição afirma que é preciso, no mínimo, um rendimento mensal de R$ 27 mil para estar entre os ricos.
Embora o IBGE estabeleça uma média de R$ 20.664, a FGV defende que tal quantia ainda não define uma pessoa como rica. Aproximadamente 2,3 milhões de brasileiros fazem parte desse seleto grupo, segundo a FGV.
Super-ricos e milionários
Além da questão da renda, ser rico não é sinônimo de ser milionário. A FGV aponta que apenas 0,1% da população é classificada como milionária, com um patrimônio líquido superior a 1 milhão de dólares.
Para ser considerado super-rico, é necessário um salário mensal de, no mínimo, R$ 95 mil.
| Categoria | Rendimento mensal | Patrimônio necessário |
|---|---|---|
| Rico | R$ 27 mil | – |
| Super-Rico | R$ 95 mil | – |
| Milionário | – | 1 milhão de dólares |
Como se vê, a definição de riqueza no Brasil envolve tanto rendimento mensal quanto patrimônio. Enquanto R$ 27 mil mensais são suficientes para estar entre os ricos, valores significativamente mais altos são necessários para alcançar o status de super-rico ou milionário.
Esses números ilustram bem a complexidade e a diversidade dentro das discussões sobre riqueza no país, além de destacarem a desigualdade econômica brasileira.
