A qualidade ambiental das praias brasileiras está em xeque. A ONG Sea Shepherd Brasil, em parceria com o Instituto Oceanográfico da USP, revelou dados preocupantes sobre a poluição por plásticos em uma extensa faixa litorânea do país.
Divulgada em 19 de setembro, a pesquisa da Sea Shepherd Brasil, veiculada por portais midiáticos consolidados, como a CNN Brasil, cobriu o litoral brasileiro durante 16 meses, expondo a “onipresença” de resíduos plásticos.
Na ocasião, a praia de Pântano do Sul, localizada em Florianópolis (SC), foi identificada como a mais contaminada. Já cidades das regiões Sul e Sudeste, como São Vicente e Mongaguá, também apresentaram altos índices de resíduos plásticos.
Fruto de uma expedição que percorreu mais de 7 mil quilômetros, os dados revelam a extensão do problema, com 306 praias examinadas e o número de resíduos plásticos encontrados.
A pesquisa demonstrou que 91% dos resíduos são plásticos, com 61% consistindo em itens descartáveis, como tampas de garrafas. Microplásticos foram encontrados em 97% das praias, destacando a urgência de soluções.
A poluição de praias é um grande problema ambiental – Imagem: Freepik/Reprodução
Impactos regionais e estatísticas alarmantes
Os números captados pela referida pesquisa são claros: o município de Florianópolis lidera o ranking de cidades litorâneas com as praias mais poluídas do Brasil.
Já em São Vicente (SP), foram encontrados 10 resíduos plásticos por metro quadrado, enquanto Mongaguá, também em São Paulo, registrou 83 fragmentos de microplástico por metro quadrado.
Em média, as praias brasileiras contêm 4,5 microplásticos por metro quadrado, um indício evidente da crise ambiental.
Abordagem metodológica e abrangência
A expedição abrangente mapeou resíduos em 201 municípios, cobrindo uma área total de 156.600 metros quadrados. Essa área é comparável a 22 campos de futebol, ilustrando a extensão da pesquisa.
A análise revelou que 100% das praias têm resíduos plásticos, e 97% contêm microplásticos.
Consequências e reflexão
Entre os macrorresíduos, bitucas de cigarro lideram em volume como aqueles que mais poluem as praias no Brasil.
Áreas protegidas não estão imunes, mostrando que até locais isolados sofrem com resíduos plásticos de uso único. Este cenário destaca a urgência de políticas públicas e de mudança na cultura de consumo, visando combater a poluição plástica.
A presidente da Sea Shepherd Brasil, Nathalie Gil, enfatiza que o objetivo do estudo é provocar ação e reflexão. A situação alarmante das praias brasileiras demanda respostas rápidas e eficazes.
* Com informações de CNN Brasil.
