Uso de ‘celular do ladrão’ cresce no Brasil. Como se proteger de forma eficiente?

Brasileiros adotam o "celular do ladrão" para aumentar a segurança, mas especialistas alertam sobre brechas e a importância de atualizações.



O aumento dos casos de furtos e fraudes financeiras tem levado muitos brasileiros a buscar alternativas para proteger seus dados pessoais. Uma das saídas encontradas por moradores das grandes capitais é o uso de um “celular do ladrão“.

Essa prática está se tornando cada vez mais comum, como apontam os dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública de 2024.

Na cidade de São Paulo, por exemplo, a média de 502 roubos ou furtos de celulares por dia em 2024 indica a dimensão do problema.

Com o número total de ocorrências chegando a quase 318 mil em todo o estado, muitos moradores têm optado por usar dois aparelhos, cada um com uma finalidade diferente.

Estratégia do ‘celular do ladrão’

Uma moradora de São Paulo conta que decidiu implementar essa estratégia há cerca de quatro anos. Sem nunca ter sofrido um assalto, ela foi motivada pelo crescente número de relatos de pessoas que, além de perderem seus celulares, tiveram suas contas bancárias comprometidas.

A prática consiste em deixar o celular principal em casa, enquanto um aparelho antigo e menos valioso é utilizado nas ruas.

Os especialistas em segurança digital apontam que, embora seja uma medida eficaz, o uso do “celular do ladrão” não elimina completamente os riscos.

Por isso, é preciso adotar algumas medidas adicionais, como senhas fortes e autenticação em dois fatores.

Orientações para proteção

Para a estratégia de proteção ser eficaz, é preciso atenção a detalhes como a desativação de aplicativos bancários e a escolha de um modelo atualizado para evitar vulnerabilidades.

A técnica é comparável a separar um cofre do restante da casa, diminuindo a exposição a informações sensíveis.

  • Celular reserva: usar autenticação em dois fatores, acesso biométrico e evitar conexões automáticas com nuvens vulneráveis.
  • Celular do ladrão: manter apenas apps essenciais, sem aplicativos bancários ou e-mails logados.

Apesar da eficácia da estratégia, especialistas também mencionam o uso de seguros completos para proteção contra fraudes, embora esses possam ser caros e nem sempre acessíveis.

A combinação de diferentes estratégias pode oferecer uma proteção mais robusta, ainda que nenhuma seja completamente infalível.




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