Li-Fi: internet que usa luz LED é 100x mais rápida que o Wi-Fi e não atravessa paredes

Tecnologia que usa luz para transmissão de dados, promete revolucionar conectividade com maior velocidade e segurança.



A tecnologia Li-Fi (Light Fidelity) surge como promessa revolucionária para o mercado de comunicação sem fio, oferecendo uma internet ultrarrápida, segura e livre das limitações do Wi-Fi convencional.

Utilizando a luz de lâmpadas LED para transmitir dados, o Li-Fi já é realidade em setores estratégicos e pode transformar a forma como nos conectamos, especialmente em ambientes que exigem alta velocidade e segurança.

Neste artigo, você vai entender o que é a tecnologia Li-Fi, como ela funciona, suas vantagens e limitações, e quando podemos esperar sua popularização em residências.

O que é a tecnologia Li-Fi e como funciona?

Diferentemente do Wi-Fi, que transmite dados por ondas de rádio, o Li-Fi utiliza a luz visível para enviar informações em altíssima velocidade.

Essa tecnologia é baseada no conceito de comunicação por luz visível (VLC – Visible Light Communication), em que uma lâmpada LED funciona como transmissor, modulando sua intensidade luminosa em frequências tão rápidas que o olho humano não percebe.

Um receptor, equipado com um fotodiodo, capta essas variações e as converte em sinais digitais para notebooks, smartphones e outros dispositivos conectados.

Assim, qualquer ponto iluminado por LED pode se tornar um ponto de acesso à internet, garantindo uma conexão estável e veloz.

Foto: iStock

Padrão IEEE 802.11bb: o marco para a adoção global do Li-Fi

Em 2023, o Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE) oficializou o padrão 802.11bb, que estabelece normas universais para a tecnologia Li-Fi, semelhante ao que já existe para o Wi-Fi.

Essa padronização é fundamental para garantir a compatibilidade entre diferentes dispositivos e fabricantes, abrindo caminho para a popularização do Li-Fi no mercado global.

Principais vantagens do Li-Fi

O Li-Fi traz uma série de benefícios que podem revolucionar a conectividade.

  • Velocidade incomparável: testes laboratoriais já alcançaram velocidades superiores a 200 Gbps, enquanto soluções comerciais atuais oferecem até 845 Mbps — muito além do que o Wi-Fi tradicional alcança.
  • Segurança reforçada: como a luz não atravessa paredes, o sinal fica restrito ao ambiente iluminado, reduzindo drasticamente os riscos de invasões externas.
  • Imunidade a interferências: por não usar espectro de rádio, o Li-Fi é ideal para locais com muitas redes sem fio, como hospitais e fábricas, onde a interferência pode prejudicar o funcionamento.
  • Alta densidade de conexões simultâneas: o espectro luminoso é milhares de vezes maior que o espectro de radiofrequência, permitindo conectar muito mais dispositivos ao mesmo tempo sem perda de qualidade.

Limitações da nova tecnologia

Embora inovadora, a tecnologia Li-Fi ainda apresenta desafios.

  • Alcance restrito e linha de visada obrigatória: o dispositivo precisa estar dentro do feixe de luz para captar o sinal; obstáculos bloqueiam a conexão.
  • Dependência da iluminação: sem luz ligada, não há transmissão de dados.
  • Investimento em infraestrutura: trocar luminárias e equipar dispositivos com receptores específicos demanda custos ainda elevados, limitando sua adoção imediata em residências.

Quando o Li-Fi vai substituir o Wi-Fi em casa?

Apesar do avanço significativo e da padronização, o Li-Fi ainda não está pronto para substituir o Wi-Fi no uso doméstico em larga escala.

A expectativa é que ambas as tecnologias convivam, com o Li-Fi assumindo papel fundamental em ambientes profissionais e industriais que requerem alta segurança e velocidade, enquanto o Wi-Fi mantém sua importância pela mobilidade e conveniência.

Com o avanço da tecnologia, a redução dos custos e a integração dos receptores Li-Fi em dispositivos como notebooks e smartphones, é provável que a internet via luz LED comece a se popularizar para o consumidor final nos próximos anos, inaugurando uma nova era na conectividade sem fios.




Voltar ao topo

Deixe um comentário