A Caixa Econômica Federal (CEF) anunciou nesta sexta-feira, 23, a abertura de um novo programa de demissão voluntária. O intuito é atingir 1.600 funcionários, resultando em uma economia anual de R$ 324 milhões.
Em comunicado à imprensa, a Caixa afirmou que “o objetivo do programa é dar continuidade aos ajustes de estrutura do banco diante do cenário competitivo e econômico atual, buscando mais eficiência”.
O período de adesão será do dia 26 ao dia 30 de novembro deste ano. Poderão participar funcionários aposentados ou que estarão aptos a se aposentar até o dia 31 de dezembro de 2018, funcionários que trabalham na CEF há mais de 15 anos e queles que possuem adicional de incorporação de função de confiança.
Segundo informações do próprio banco, desde 2016, cerca de 12,5 mil funcionários se desligaram da Caixa. Destes, 8,6 mil saíram por meio de adesão a planos de demissão voluntária.
Nova gestão
O anúncio do programa veio um dia depois do presidente eleito, Jair Bolsonaro, indicar o economista Pedro Guimarães para a presidência da Caixa Econômica. Além de sócio do banco de investimento Brasil Plural, é especialista em processos de privatizações.
Guimarães, de perfil liberal, tem mais de vinte anos de experiência no mercado financeiro. Participou de importantes processos de privatização, como por exemplo o do Banespa, antigo banco do estado de São Paulo. É doutor em economia pela Universidade de Rochester, nos Estados Unidos.
Atualizações sobre o concurso de 2014
Tradicionalmente o concurso público para a Caixa Econômica é um dos mais concorridos do Brasil. Tanto que no último, cujo edital foi publicado em 2014, foram registradas mais de 1 milhão de inscrições.
Entretanto, até o momento, não há mínimas chances de realização de um novo concurso. Além da grande quantidade de empregados que deixaram o banco nos últimos anos, um novo certame só poderá ser realizado após a resolução do imbróglio no qual a última seleção está envolvida.
Desde 2016 um processo para a convocação dos 30 mil aprovados está tramitando da justiça. Na época, o Ministério Público do Trabalho do Distrito Federal e do Tocantins (MPT DF-TO) entrou com ação para que o banco prorrogasse a seleção por tempo indeterminado.
A Caixa recorreu da decisão e o julgamento da seleção pública segue sem previsão. Há grandes chances de que a Caixa não seja obrigada a nomear os aprovados, tendo em vista que todas as vagas foram ofertadas em cadastro de reserva.
Caso isso aconteça, a suspensão acaba e a validade da seleção chegará ao fim. Somente depois disso novos concursos poderão ser realizados.