As alternâncias que acontecem na economia, com fases fortes e de crescimento e períodos de baixa e de recessão econômica são denominadas de ciclos econômicos.
Desde o século XVIII o conceito já é utilizado por economistas. O intuito é explicar os motivos das crises econômicas. Dessa forma, o comportamento dos mercados precisa ser levado em consideração. Dessa forma, os ciclos econômicos, amparados por diversas teorias, buscam compreender os motivos que levam ao crescimento das economias com flutuações e não por uma tendência que deveriam seguir.
Ciclos econômicos: Como funcionam
O conceito e referem às variações que acontecem na economia. Nela há altos e baixos que circulam em volta de um equilíbrio estável. Ao se tratar do Produto Interno Produto, 0 PIB, a ciências econômicas o explica de acordo com o tempo.
A longo prazo, a tendência é que o PIB cresça. Já em períodos menores, há os crescimentos e também as recessões.
A imagem acima mostra a flutuação que acontece com o PIB. É possível observar, através do gráfico que há períodos de crescimentos com pouca ou muita intensidade. Eles são seguidos de períodos de recessão, os dois fora da tendência.
Períodos de alta, para alguns economistas, podem indicar um queda brusca lá na frente. O que pode acontecer quando o preço dos ativos e as concessões de crédito caem radicalmente. O filósofo Karl Marx defendia que cada empresa acumula seu capital quando as crises econômicas acontecem. Isso se dá pelo fato de a oferta superar a demanda. Contudo, por outro lado, há uma fase de crescimento. Momento em que as empresas precisam aumentar o capital que possuem.
Em contrapartida, o economista Joseph Schumpeter acreditava que as recessões faziam parte do crescimento o capitalismo. Além do mais, ainda segundo Schumpeter, existem constantes inovações na economia, enquanto os ciclos ocorrem. O que se dá pela existência de uma “destruição criativa”.
Ciclos econômicos: Fases
Há características específicas dos ciclos, que acontecem a partir de um período de crescimento econômico. Estes aspectos se caracterizam pela atividade agregada da economia por meio das seguintes fases:
- Expansão: acontece quando a demanda agregada é elevada. Assim sendo, as empresas possuem lucros altos e aumentam a produção;
- Pico de expansão (boom): é o ponto mais alto que a economia chega. Nele, a oferta agregada apresenta excessos;
- Contração (início da recessão): é a período em que as empresas reduzem os preços para conseguir competir por consumidores. O que acontece quando há desemprego crescente;
- Crise econômica (depressão): o desemprego é alto e as empresas têm lucros muito baixos.
Portanto, em decorrência destas fases, inicia-se um novo ciclo na economia. Ele possui um novo período de expansão e o aumento da demanda agregada.
Ciclos econômicos: Tipos
Não é possível determinar uma periodicidade regular nos ciclos da economia. Há alguns períodos de crescimento que passam de maneira rápida, enquanto outros predominam por um tempo maior. Assim sendo, por este motivo, denominações dos ciclos foram apresentadas por alguns autores da ciência econômica.
Eles são foram denominados de acordo com o tempo em que possam ter uma durabilidade. Portanto, as definições ficaram da seguinte forma: Ciclos longos de Kondratiev, Ciclos de 7 a 11 anos de Juglar e Ciclos de 2 a 4 anos de Kitchin.
Ciclos longos de Kondratiev
Estes ciclos foram estudados por Nikolai Kondratiev. De acordo com o economista russo, eles são formados por períodos longos que podem levar de 40 a 60 anos. Para ele as revoluções tecnológicas são parte deste ciclo. Já que marcam, de maneira intensa, o mundo capitalista. Fator que ocasiona crescimentos e crises.
Nikolai Kondratiev estudou os ciclos longos que foram da ascensão à queda. São eles o período das máquinas à vapor (1790-1850), das ferrovias (1850-1896) e, ainda, a eletrificação ao mesmo tempo que apareceu os automóveis (11896-1930).
Ciclos de 7 a 11 anos de Juglar
Clément Juglar estudou os ciclos de longo prazo, com uma média de tempo de 7 a 11 anos. O estudo foi feito no Reino Unido, no século XIX, e relaciona as altas e baixas do Produto Interno Bruto (PIB). Levando em conta os gastos, investimentos, inflação e flutuações que acontecem no mercado de trabalho.
Ciclos de 2 a 4 anos de Kitchin
Este ciclo, analisado pelo estatístico Joeph Kitchin, faz a relação com os ciclos de negócios das empresas de uma economia. Assim sendo, esta teoria considera o fato de as empresas fazerem estoques de acordo com as alterações que acontecem na procura, nos preços de fornecedores ou das taxas e juros em empréstimos.