O Fundo Monetário Internacional (FMI), criado em 1944 pela Conferência de Bretton Woods, nos Estados Unidos, atua no desenvolvimento econômico global por meio de uma cooperação monetária entre países.
Sendo assim, tem por objetivo controlar financeiramente a economia internacional, evitando problemas econômicos, tais como as Crise de 1929 e qualquer outro tipo de instabilidade financeira.
Atualmente, o fundo é formado por 189 países membros, que contribuem ou recorrem à instituição quando estão em dívida pública e necessitam de ajuda financeira.
Como funciona o FMI
O Fundo conta com uma Assembleia de Governadores, responsável pela eleição do Conselho de Diretores, composto por 24 lugares. Alguns diretores representam um grupo de países, devido à limitação de assentos.
Cada país é responsável por depositar quantias em dinheiro para o fundo. Aqueles que mais contribuem e detêm mais capital são os que, posteriormente, poderão contrair os maiores empréstimos e também contar com um maior poder de decisão nas votações internas.
No momento, o país que possui a maior cota são os Estados Unidos, responsáveis por mais de 25% dos votos totais da organização.
No caso do Brasil, a Assembleia tem como titular o Ministro da Economia. Além do Brasil, ele representa: Cabo Verde, Equador, Guiana, Haiti, Nicarágua, Panamá, República Dominicana, Timor Leste, Trinidad e Tobago.
Empréstimos do FMI
Quando um país passa por dificuldades, pode recorrer ao FMI para tomar emprestado parte do fundo e realizar investimentos públicos. Ou seja, ter sua economia recuperada.
Ao recorrer ao Fundo, geralmente, o país deverá adotar uma série de ações recomendada pelo FMI, quase sempre relacionada ao corte de gastos da máquina pública ou a adoção de medidas neoliberais.
Essas medidas são conhecidas como políticas de austeridade. Elas consistem em redução do déficit público com o aumento de juros, redução dos investimentos sociais pelo Estado,controle no consumo, demissões em massa do funcionalismo público e a implantação de rápidas medidas de privatização.
Críticas ao FMI
As principais críticas ao Fundo Monetário Internacional estão relacionadas ao funcionamento da instituição, que monopolizam o poder aos países que possuem maior condição financeira.
Existem acusações de que o FMI teria sido criado para administrar e expandir os interesses dos Estados Unidos. Isso porque muitas nações em dificuldades tornam-se “reféns” das exigências impostas pelo fundo, em sua maioria, medidas que interessam apenas os estadunidenses.
Outras críticas ao fundo giram em torno de sua suposta ineficiência no controle de crises econômicas internacionais, principalmente a partir dos anos 1970.
Apesar das críticas, o FMI ainda continua sendo um dos principais atores econômicos e também geopolíticos internacionais.
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