Há algumas coisas que não são possíveis de ser resolver sozinho. Você provavelmente já se encontrou em um momento em que tomar uma decisão poderia obter resultados dependendo das escolhas de outros indivíduos.
Pois bem, na Teoria dos Jogos, se estuda as tomadas de decisão por meio de situações estratégicas em que um jogador precisa fazer as melhores escolhas. Contudo, para tal, existe uma relação de interdependência com outros jogadores.
Esta interdependência acontece quando há uma concorrência. Assim sendo, a ação de cada jogador modifica os resultados dos outros jogadores e todo o jogo. Por este motivo, o estudo passou a ter uma relação com o comportamento das pessoas, empresas e o governo.
Teoria dos Jogos: exemplos
Pode acontecer de uma empresa aumentar as receitas com as vendas, caso ela resolva abaixar o preço de uma mercadoria. No entanto, os concorrentes também podem fazer a mesma coisa. O que faria com que a empresa tivesse uma arrecadação menor com as vendas, até mesmo que a anterior.
Dessa forma, a teoria se baseia no fato de que é muito difícil haver uma cooperação entre dois concorrentes. O que acontece pelo fato de sempre quererem obter o maior proveito com os recursos que possuem.
Exemplo com o Dilema do Prisioneiro
O “Dilema do Prisioneiro” é um dos exemplos mais comuns na teoria dos jogos. Nela, dois criminosos capturados são presos de maneira separada e podem cumprir uma pena alta de 10 anos. Assim sendo, no momento do interrogatório são oferecidas duas possibilidades a eles:
- Confessar o crime: a pena é reduzida em três anos caso o outro prisioneiro também confesse. Contudo, se o parceiro não confessar, este é bonificado com a liberdade;
- Não confessar o crime: se não tiver confissão das dua partes os investigadores não poderão prendê-los pelo crime maior que cometeram e a pena será de apenas de 1 ano.
Nenhum dos prisioneiros sabe qual será a ação do outro. Dessa forma, cada um deles tem a possibilidade de trair ou ficar em silêncio. Por isso, a combinação dos resultados podem ser as seguintes:
Se acontecer de um testemunhar e o outro não, este se beneficia sozinho e obtém a liberdade. Outro, por sua vez, passaria a pena completa na prisão, 10 anos.
Contudo, caso nenhum dos prisioneiros revele a verdade, os investigadores não poderiam prendê-los pelo crime maior que cometeram. Se os dois revelarem a verdade, ambos vão ter as penas reduzidas. Nos dois exemplos eles estão cooperando entre si e nenhum prejudicaria o outro.
Como um não sabe qual será a escolha do outro, há a possibilidade deu m deles sair prejudicado ou muito beneficiado. Neste caso, a confissão seria a melhor escolha.
Os economistas e matemáticos passaram a analisar a teoria dos jogos a partir de exemplos como este. Um dos estudiosos de maior destaque entre eles foi John Nash.
Teoria dos jogos de Jonh Nash
O matemático John Forbes Nash foi um dos responsáveis por desenvolver os estudos sobre a teoria dos jogos. Ele estudou a escolha de indivíduos em situações que dizem respeito à concorrência.
Pegando como base exemplos da teoria dos jogos, John Nash desenvolveu a teoria com seu conceito conhecido como Equilíbrio de Nash. Nele, a estratégia de equilíbrio é tomar a decisão que seja melhor para cada prisioneiro.
Assim sendo, o equilíbrio acontece quando os dois prisioneiros confessam o crime e cooperam entre si. Fator que garantiria o benefício para ambos. Além do mais, aquele que não testemunha corre o risco de permanecer por mais tempo na prisão caso o outro revele o crime cometido.
Tendo como base esses exemplos, a teoria dos jogos começou a ser ampliada para diversas outras áreas da Economia e da Matemática. Além de se expandir também para estratégias políticas e empresariais.
Teoria dos jogos na administração
As tomadas de decisões na administração pública e empresariais foram influenciadas diretamente pelo desenvolvimento da teoria dos jogos. Na segunda, principalmente, pelo fato de obter conhecimento dos concorrentes em um mercado.
Os “jogos competitivos” são aqueles que acontecem nos negócios realizados pelas empresas. Assim sendo, as empresas são jogadores que fazem criam as estratégias que tem a possibilidade de serem benéficas.
Há empresas que conseguem alcançar o nível de Estratégia Dominante, a qual faz com que o movimento das outras companhias não influenciem seus resultados.
O mercado, em sua maioria, é composto por empresas em concorrência. Dessa forma, ter o conhecimento sobre os outros oponentes se tornou uma estratégia fundamental.
Não é somente a teoria dos jogos que existe como modelo de estratégia. Há outras mais desenvolvidas, como “As Cinco Forças de Porter”. Nelas são apresentadas as forças que uma empresa precisa ter no mercado em que está inserida, para poder competir com seus concorrentes.
Entenda melhor como funciona as 5 Forças de Porter.
