Antes de solicitar um empréstimo, financiamento ou arrendamento mercantil, é preciso ter consciência de quanto será o total pago ao final do acordo. Além das taxas de juros, o consumidor deve ficar atento ao chamado Custo Efetivo Total (CET).
O que é o Custo Efetivo Total? Basicamente, ele é o valor que engloba todos os gastos envolvidos nos tipos de contratações citadas acima. Sendo assim, o CET é um documento que explica de forma clara e concisa ao requerente sobre quanto a operação irá custar.
Veja a seguir algumas das despesas que aparecem no cálculo do CET:
- Taxa de Abertura de Crédito (TAC);
- Seguros;
- Taxas administrativas em geral;
- Taxas de manutenção do cadastro;
- Pagamentos de serviços de terceiros;
- Despesas com cartório;
- Taxa de juros da operação;
- Taxa de análise de crédito;
- Imposto sobre Operações Financeiras (IOF); e
- Demais tarifas, que também devem ser informadas minuciosamente.
Como fazer a consulta ao CET?
De acordo com a resolução 3.517/2007, do Conselho Monetário Nacional (CMN), criada pelo Banco Central, é de responsabilidade e obrigação das instituições financeiras brasileiras informarem o Custo Efetivo Total de financiamentos e empréstimos aos clientes.
O documento precisa estar junto ao contrato da operação antes do fechamento do acordo. Além disso, é direito do cliente a consulta sempre que necessária ao percentual das despesas com a operação.
Para que serve o CET?
Ao pensar em contratar uma operação de crédito, é fundamental saber ao máximo sobre tudo o que está sendo pago. É aí que entra a função do CET: garantir maior clareza para empréstimos e financiamentos, ao passo que o cliente tenha conhecimento de todos os custos que incidem sobre a transação.
Ao garantir maior transparência sobre os contratos, é possível fazer uma comparação mais detalhada de outras ofertas disponíveis no mercado e, assim, decidir pela mais barata e que vai gerar menos impactos negativos para o orçamento.
Dicas na hora de contratar um empréstimo
Talvez o empréstimo seja uma das linhas de crédito mais utilizadas para quem precisa de dinheiro rápido, seja para realizar um sonho, viajar, abrir um negócio, pagar uma dívida, etc. O recurso, apesar de parecer vantajoso em um primeiro momento, merece atenção e cuidado durante sua solicitação.
Confira a abaixo algumas dicas que podem ajudar àqueles que estão pensando em fazer um acordo:
- Faça um planejamento de gastos. Para isso, é necessário saber o quanto você pode comprometer da sua renda mensal e quais serão as parcelas fixas a serem pagas.
- Não faça um empréstimo pessoal pensando em utilizar a quantia para resolver problemas de uma empresa. A recomendação é não misturar os gastos de pessoa jurídica com o de pessoa física.
- Não contrate a primeira opção que aparecer. Busque por mais ofertas no mercado, tanto em bancos mais tradicionais, como em fintechs ou financeiras. Em caso de urgência de um empréstimo para o pagamento de dívida, a sugestão é tentar renegociá-la antes de optar pela contração.
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