Quando o assunto são investimentos, o termo “Holding” certamente aparecerá em meio às rodas de conversas. Isso porque a palavra, mesmo que de origem inglesa, é fundamental para quem busca entender melhor o mercado econômico atual.
Holding tem como definição a empresa que atua como gestora de outras organizações. Por esse motivo, ela recebe a alcunha de “empresa mãe”. Geralmente, ela detém a fatia majoritária das ações, o que possibilita um maior controle sobre negócios adjacentes.
Também entram na lista de subsidiárias as sociedades limitadas, fundos de hedge, marcas registradas, direitos autorais, patentes, títulos, imóveis, entre outras.
Holdings e seus objetivos
Uma “empresa mãe” tem como objetivos principais:
- Ter maior poder de controle sobre um negócio;
- Manter majoritariamente ações de outras empresas;
- Aumentar a mobilidade dos investimentos;
- Reduzir a carga tributária;
- Obter retorno de capital sob a forma de lucro isento e planejamento de sucessão, entre outros.
Para explicar melhor o conceito de Holding empresarial, veja o exemplo do Grupo Silvio Santos. Sua matriz comanda mais de 40 empresas, como o SBT, SSR Cosméticos, Lojas Baú da Felicidade, etc. O mesmo vale para a Rede Globo de Televisão que, em 2015, lançou sua plataforma própria de streaming, o Globo Play.
Dessa forma, fica mais fácil entender a essência de uma Holding. De forma resumida, o modelo de negócio deve ser enxergado como uma função estritamente administrativa, sem que haja de fato uma produção de produtos ou serviços pela matriz.
Classificação
Atualmente, as Holdings mais comuns podem ser de dois tipos:
- Holding pura: tem como premissa básica o controle de outras sociedades, em que as receitas e lucros são advindos puramente de atividades das empresas subsidiárias.
- Holding mista: mesmo sendo detentora de outras empresas, possui também atividades empresariais, que podem ser serviços ou comerciais. Setores industriais não fazem parte do modelo.
Apesar de menos usuais, também fazem parte da modalidade:
- Holding de participação: atua como centralizadora de outras sociedades, definindo metas e planos paras as adjuntas. O modelo é comum quando acionistas transferem o poder de decisão da empresa para outros profissionais.
- Holding familiar: tem como objetivo o controle do patrimônio de pessoas físicas da mesma família e que, por algum motivo, possuem participações societárias.
Prós e contras
Confira os principais benefícios e riscos que podem acometer este tipo de negócio:
Vantagens
- Maior controle de capital e recursos financeiros, com o agrupamento dos recursos entre matriz e subsidiárias.
- Realização de projetos de grande escala para aumento da rentabilidade;
- Facilidade de formação, visto que as ações podem ser compradas no mercado aberto sem que haja o consentimento dos acionistas da sociedade filiada;
- Acesso a descontos e melhores condições de crédito;
- Isenção de riscos mais sérios no caso de uma subsidiária falir, entre outras.
Riscos
- Excesso de capitalização em razão do agrupamento dos lucros das empresas subsidiárias. Nesse caso, o retorno sobre o capital investido pode ser menor se comparado a outras empresas;
- Concentração do poder econômico para quem comanda a Holding;
- Aumento do monopólio de mercado, com queda da concorrência e, consequentemente, exploração de preços abusivos, entre outros.
Dadas as informações, é possível afirmar que as holdings ainda se mantêm como uma forma de administração com mais vantagens que riscos. O fato de conseguir exercer a influência em outras empresas de menor porte sem que haja danos à matriz torna-a um modelo assertivo e muito utilizado nos dias de hoje.
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