Com as provas objetivas aplicadas no dia 04 de fevereiro, o concurso da Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM) foi provisoriamente suspenso. O certame cujo provimento de vagas é para Defensor Público está sendo investigado por fraude desde o início mês de março.
O comunicado informando a suspensão foi emitido pela organizadora, a Fundação Carlos Chagas (FCC), e de acordo com ele a decisão de suspensão partiu do próprio Conselho Superior da DPE-AM.
Inicialmente a suspensão estará em vigência até o dia 27 de abril de 2018. Nesta data a Justiça deverá decidir os rumos do certame. Vale lembrar que a segunda fase do concurso está prevista para acontecer nos dias 28 e 29 deste mês.
De acordo com informações apuradas pela Folha Dirigida, o Tribunal de Contas do Amazonas recolheu depoimentos da FCC e da DPA-AM antes de dar um veredito a respeito da situação. O órgão entrou com o pedido de suspensão até que todas as investigações sejam concluídas.
Entenda o caso
No dia da aplicação das provas, antes da entrega das avaliações aos candidatos, foi constatado que quatro envelopes apresentavam abertura na lateral.
Por entender que o ocorrido prejudicou a integridade do certame, no dia 05 de março o Ministério Público de Contas do Amazonas (MPC-AM) expediu uma representação para suspender o concurso.
Em nota, a procuradora responsável pela emissão da representação pediu que caso comprovada fraude a seleção pública seja cancelada.
Ainda na data de aplicação das provas, foram entregues à Polícia Civil as caixas e envelopes para a perícia, que vai confirmar se houve ou não ato fraudulento.
O defensor-chefe da DPE-AM, Rafael Barbosa, garantiu que que todas as medidas de segurança foram tomadas durante a aplicação da prova. Segundo ele, ao perceber o problema, membros da banca organizadora passaram em todas as sala onde haviam candidatos e explicaram o ocorrido.
Ainda assim os candidatos decidiram pela continuidade da aplicação dos exames e as mesmos decorreram normalmente.
Logo após o ocorrido a Defensoria pediu esclarecimentos à FCC pedindo explicações para o rompimento. Segundo a empresa, os lacres podem ter sido danificados por conta de:
- Variação nas condições de temperatura nos transportes terrestre e aéreo
- Condições desfavoráveis de transporte e excessiva movimentação
- Problema no lote ou defeito de fabricação das embalagens
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