A necessidade novo concurso para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Concurso IBGE) é, cada vez, maior. O órgão registrou 86 aposentadorias, somente, no mês passado. Os rumos do certame foram discutidos em reunião no final do mês de março.
O maior número de aposentados foi registrado na região Sudeste – 61, o que corresponde a 70,9% do quantitativo. O Rio de Janeiro foi o estado que mais apresentou saídas, com 43 servidores aposentados.
A estatística engrossa os números levantados para o estado no ano passado. Em 2017, 258 servidores fluminenses pediram aposentadoria em meio aos 617 registrados em âmbito nacional.
Voltando aos registros atuais, o estado de São Paulo é o segundo com maior número de aposentadorias – 12. Minas Gerais registrou seis saídas enquanto o Espírito Santo, ainda, não teve servidores aposentados neste ano.
As regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Norte apresentaram, respectivamente, 12, sete, cinco e uma aposentadoria em 2018. Como a região Sudeste desponta como a que perdeu mais servidores, a expectativa é de que, para ela, seja direcionada a maior parte das vagas, possivelmente, ofertadas no próximo certame.
Rumos do IBGE
Em reunião realizada em 28 de março, membros do Ministério do Planejamento, IBGE e Assibge (Associação e Sindicato Nacional dos Servidores do IBGE) discutiram sobre o futuro do órgão.
Um dos pontos levantados foi a possível unificação de cargos, além da substituição de vagas em cargos de nível médio por superior e, obviamente, o próximo concurso.
Em nota emitida pela Assibge, há concordância, por parte do Governo, em consolidar três cargos – analista, pesquisador e técnico. Porém, foram apontados problemas na questão da unificação, sugerindo três carreiras e três cargos como mais seguro e adequado, do ponto de vista jurídico.
Quanto à mudança de níveis de escolaridade, o IBGE afirma, por meio de sua direção, que a proposta seria substituir 30% dos postos vagos em cargos de nível médio pelo equivalente em carreiras de nível superior.
O sindicato reagiu à proposta de forma negativa, afirmando discordar do modelo que contrata, de forma massiva, trabalhadores temporários para substituir efetivos com ensino médio. Uma proposta alternativa foi enviada, mas, recusada pela direção e secretaria do IBGE.
Segundo o órgão, para a criação de cargos, seria necessária nova previsão orçamentária, o que não é previsto pelo governo. Em nova reunião agendada para 22 de maio, deve ser apresentada minuta que altera a Lei 11.355 cujo texto trata da carreira de servidores do Instituto.
E quanto ao novo certame? Pois bem, Paulo de Tarso Campolina, diretor de relações de trabalho no serviço público e representante do Planejamento, afirma não haver, por enquanto, autorização para o pedido de concurso com 1.800 vagas.