Os Correios decretaram o fechamento de 41 agências de atendimento em todo o Brasil. As unidades ficam localizadas em 14 estados brasileiros e, segundo a empresa, não haverá demissão de funcionários.
A empresa aponta que as agências desativadas ocupam imóveis alugadas, apresentam índices deficitários e possibilitam que os clientes atendidos por elas recorram a outras unidades localizadas a cerca de 2 km. As agências mencionadas estão situadas nos estados de Rio Grande do Sul, Roraima, Pará, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Piauí, Amazonas, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Ceará, Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo.
Atualmente, os Correios contam com aproximadamente 6 mil unidades pelo país. Segundo a empresa, a desativação das unidades mencionadas integra um conjunto de ações que visam à remodelagem dos processos de atendimento, o que inclui a substituição de agências convencionais por modelos diferenciados.
Organizações que usam o serviço de e-commerce dos Correios enxergam o encerramento destas unidades com preocupação. Um dos problemas temidos é o despacho dos produtos, serviço que antes era feito por agências mais próximas. A partir de agora, os empresários terão que deslocar-se em busca de outras unidades.
Plano de reestruturação
Os Correios passou quatro anos operando “no vermelho”, o que obrigou a empresa a estabelecer um plano de reestruturação. No primeiro semestre deste ano, surgiram boatos de que a empresa fecharia 513 agências e desligaria até 5.300 funcionários de seu quadro.
No entanto, a assessoria de comunicação negou as informações, afirmando que os Correios vêm adotando estratégias que atendam às diferentes demandas de mercado. Ainda sobre o tema, frisou que não há possibilidade de atendimento de clientes por conveniados, como temiam usuários e servidores.
A comunicação aproveitou para desmentir um possível déficit de 20 mil funcionários e, segundo consta, o quadro funcional da empresa é “suficiente para que a empresa possa atender, com eficiência e qualidade”.
Ao longo dos processos de reestruturação, será dada a opção, aos colaboradores, do reenquadramento de cargo, cessão para outros órgãos do governo federal, entre outras alternativas.
Concurso Correios
Diante dos estudos feitos junto ao seu quadro funcional, a assessoria de imprensa dos Correios confirma não haver previsões de novos concursos públicos para a empresa. Avaliações do dimensionamento da força de trabalho vêm sendo feitas, além da equalização das unidades com efetivo deficitário e superavitário.
A última seleção promovida pelos Correios data de 2017 quando foram lançadas 88 vagas imediatas mais cadastro de reserva em cargos de níveis médio e superior. O certame foi organizado pelo Instituto Americano de Desenvolvimento (Iades) e ofertou remunerações entre R$ 1.876,43 a R$ 4.903,05.
Mediante o longo tempo sem contratações, funcionários admitem sobrecarga de trabalho e desvalorização da categoria. Em agosto deste ano, chegaram a declarar estado de greve em protesto pela realização de novo concurso público, além de 8% de reajuste salarial, melhoria nas condições de trabalho, vale cesta básica e ticket alimentação de R$ 45,00.