A Caixa Econômica Federal (CEF) avalia a convocação de aprovados no concurso de 2014. De acordo com informações apuradas pela Folha Dirigida, junto a Assessoria de Comunicação da estatal, a possibilidade de contratação de novos funcionários está sendo avaliada internamente.
“Tão logo o estudo seja concluído, será submetido às instâncias deliberativas”, afirmou o setor de comunicação ao site especializado.
Tudo indica que essas informações tenham sido passadas pelo presidente do banco, Pedro Guimarães.
Segundo informações da Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal do Paraná (Fenae), Guimarães, em visita à Diretoria de Gestão de Pessoas, em Brasília, teria anunciado a contratação de 2.500 aprovados no último certame.
A medida teria sido reafirmada em 18 de janeiro, durante visita do presidente à cidade Boa Vista, em Roraima. O presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, afirma que, apesar de a convocação ser positiva, não é suficiente.
Em matéria publicada no site da Associação, Ferreira afirma que “essa é uma luta da Fenae e de outras entidades. Os empregados estão mais sobrecarregados e adoecidos a cada dia. Não adianta chamar 2.500 concursados e forçar a saída de 5 mil, 10 mil trabalhadores com planos de demissão e aposentadoria”.
De acordo com a mesma reportagem, a Caixa encerrou com 2014 com cerca de 101 mil funcionários. Firmado no mesmo ano, o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2014/2015, a direção do banco se comprometeu a fazer mais 2 mil contratações, elevando o total de servidores a 103 mil.
Entretanto, no mesmo período, mais de 16 mil empregados deixaram o banco. A maioria se desligou por meio de programas de desligamento.
Último concurso se arrasta desde 2014
A última seleção para os cargos de técnico bancário de nível médio, médicos e engenheiros ocorreu em 2014. Este, que foi um dos maiores concursos já realizados no Brasil, com mais de 1 milhão de inscrições, ainda não foi concluído.
O certame abriu vagas em cadastro de reserva e, dos mais de 30 mil aprovados, menos de 10% foram convocados.
Segundo as determinações do edital, a validade do concurso seria de um ano, prorrogável por igual período. Levando em conta a prorrogação, a validade da seleção terminaria em junho de 2016.
Enquanto a validade do edital de nível superior terminou no prazo esperado, um processo para convocação dos aprovados em nível médio segue tramitando.
No início de 2016, o Ministério Público do Trabalho do Distrito Federal e Tocantins (MPT DF/TO) ajuizou uma ação para que a validade da seleção fosse prorrogada por tempo indeterminado, aumentando o tempo para convocações em cadastro de reserva.
A Caixa recorreu da decisão e, o atual status do processo é “suspenso ou sobrestado por julgamento de Repercussão Geral – STF”. Isso quer dizer que o mesmo segue parado, aguardando decisão do Supremo Tribunal Federal.
Assim sendo, durante a suspensão, enquanto o processo não for finalizado, a validade continua parada, ou seja, a Caixa pode contratar aprovados.
Sobre a realização do concurso Caixa 2019, o banco, até o momento, ainda não se pronunciou. O novo presidente, no entanto, descartou a possibilidade de prorrogação. Além disso, Pedro Guimarães afirmou que os certames para a estatal precisam ser tratados com seriedade.