As estatais federais querem diminuir cada vez mais a força de trabalho. O objetivo é a contenção de gastos públicos e equilíbrio das contas. De acordo com informações do Boletim das Empresas Estatais Federais, a redução será abrangente e pode chegar a 25 mil funcionários.
No ano 2018, em comparação a 2017, houve o corte de 13.434 cargos nas estatais. Entre esse número se destaca os corte na Caixa Econômica Federal. O banco fechou 2.728 cargos.
Os Correios encerraram 2.648 funções e o Banco do Brasil diminuiu em 2.195 o número de empregados. Quando os números são comparados com dezembro de 2015, a redução do total do quadro de pessoal das estatais federais foi superior a 57 mil empregados.
Os desligamentos vieram através da implementação de programas de desligamento voluntário de empregados (PDVs). Essa, segundo o boletim, essa é a principal ferramenta de gestão utilizada para a adequação do quadro das estatais.
Quadro de efetivos
Confira a seguir o gráfico que mostra a redução no quadro de efetivos federais:
Redução do funcionalismo público
Nos últimos anos, a saúde e a educação dominaram cada vez mais o emprego no setor público. Quando as outras áreas, cada vez mais se observa a terceirização para empresas privadas ou sem fins lucrativo. Assim, esses cargos desaparecem da contagem oficial do setor público.
Algumas das milhares de funções existentes no governo federal ainda estarão ativas. Entretanto, quase certamente os salários e condições de trabalho tendem a serem inferiores.
Essa tendência também pode abranger os serviços públicos estaduais e federais. Os governos locais, confrontados com escolhas difíceis impostas pela confluência de exigências orçamentárias equilibradas também farão eventuais cortes. O principal fator neste caso pode ser a queda das receitas tributárias e maior demanda por serviços públicos.
Consequências
Em um curto prazo, a redução do emprego no serviço público, seja federal, estadual ou municipal, particularmente durante uma época de crise financeira, adiciona trabalhadores diretamente às listas de desemprego. Além disso, menos trabalhadores se traduzem em menos contracheques, o que diminui o consumo e afeta ainda mais a economia, ampliando os efeitos da recessão.