O general Otávio do Rêgo Barros, porta-voz da Presidência, informou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, estudará uma possível atualização da tabela do Imposto de Renda de acordo com a inflação. A tabela do IR não é corrigida desde 2016, deixando livre da declaração cidadãos que ganham até R$ 1.903,98 mensais.
De acordo com o porta-voz, o presidente Jair Bolsonaro acredita que a inflação referente ao ano de 2019 seja considerada para a reformulação na tabela do Imposto de Renda de 2020. Entretanto, especialistas na área econômica afirmam que não há condições fiscais para que a tabela do IR seja atualizada.
Reajuste traria grande déficit nas contas públicas
Caso a tabela do IR fosse atualizada com base na atual inflação, a isenção da declaração de estenderia para todos que recebem até R$ 1.980,90 por mês. Se a tabela fosse corrigida desde 1996, a isenção seria ainda maior: Até R$ 3.689,93 mensais.
Entretanto, parte da equipe econômica do atual governo se demonstra contra o reajuste na tabela. Tal fato ocorre devido a medida significar uma grande queda na arrecadação, um valor estimado em R$ 139 bilhões.
Dessa forma, a parcela que é contra o reajuste afirma que União vive uma forte restrição fiscal, em direção ao sexto ano consecutivo com suas contas no vermelho.
Atual Rabela do IR x Nova suposta tabela do IR
A nova tabela do Imposto de Renda levaria em conta uma projeção de inflação no valor de 4,04% e foi realizada pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco). Assim, a maior alíquota de IR, de 27,5%, cairia sobre os salários com valores superiores a R$ 4.583,13.
Atualmente, esse percentual é incidido sobre quem recebe salários superiores a R$ 4.664,68 mensais.
Confira: Receita Federal libera consulta a lote de malha fina do IR.
Atual tabela
- De R$ 0,00 até 1.903,98: Isenção da alíquota;
- De R$ 1.903,99 até R$ 2.826,65: 7,50% da alíquota;
- De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05: 15% da alíquota;
- De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68: 22,5% da alíquota;
- Acima de R$ 4.664,68: 27,5% da alíquota.
Como seria nova tabela com reajustes
- De 0,00 até 1.980,90: Isenção da alíquota;
- De R$ 1.980,91 até R$ 2.940,85: 7,50% da alíquota;
- De R$ 2.940,86 até R$ 3.902,59: 15% da alíquota;
- De R$ 3.902,60 até R$ 4.853,13: 22,5% da alíquota;
- Acima de R$ 4.853,13: 27,5% da alíquota.