scorecardresearch ghost pixel



Crédito bancário deve crescer 6,5% este ano, diz Banco Central

A redução da taxa Selic estimula a economia porque juros menores barateiam o crédito. Isso também incentiva a produção e o consumo.



Pela décima vez seguida, o Banco Central (BC) não alterou os juros básicos da economia. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa Selic em 6,5% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros.

Com a decisão de hoje (19), a Selic continua no menor nível desde o início da série histórica do Banco Central, em 1986. De outubro de 2012 a abril de 2013, a taxa foi mantida em 7,25% ao ano. Ela passou a ser reajustada gradualmente até alcançar 14,25% ao ano em julho de 2015.

Em outubro de 2016, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia. Isso foi feito até que a taxa chegasse a 6,5% ao ano em março de 2018. As projeções para a inflação são apresentadas em cenários com variáveis econômicas. Tradicionalmente, esses condicionantes referem-se às trajetórias da taxa de câmbio e da taxa Selic.

Para 2019, projeta-se crescimento do saldo de crédito de 6,5%. Esse valor é inferior à projeção apresentada em março de 2019 (7,2%). A revisão da projeção está associada à expectativa de crescimento da atividade econômica.

Dados da última pesquisa, realizada entre 3 e 11 de junho de 2019 com instituições financeiras, apontam para a manutenção da recuperação do crédito. Para o terceiro trimestre de 2019, a expectativa é de aumento do volume de novas concessões de crédito. Isso valerá em todos os segmentos considerados.

Crédito mais barato

A redução da taxa Selic estimula a economia porque juros menores barateiam o crédito. Isso também incentiva a produção e o consumo. Principalmente em um cenário de baixa atividade econômica. No último Relatório de Inflação, o BC projetava expansão da economia de 2% para este ano.

Segundo o boletim Focus, os analistas econômicos preveem crescimento de 0,93% do Produto Interno Bruto em 2019. A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Selic e serve de referência para as demais taxas de juros da economia.

Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação.

Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.




Veja mais sobre

Voltar ao topo

Notícias relacionadas

Deixe um comentário