O Ministério da Economia apresentou ao presidente Jair Bolsonaro uma nova proposta relacionada ao saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A ideia da equipe liderada pelo ministro Paulo Guedes é autorizar o saque anual de contas ativas e inativas do FGTS.
Caso a proposta seja aprovada, o trabalhador poderá sacar anualmente uma parte do saldo do FGTS, no mês de seu aniversário. O percentual a ser liberado para retirada ainda não foi definido, mas deve depender do saldo disponível no fundo: quem tem menos dinheiro em conta, proporcionalmente, poderá sacar mais.
A equipe econômica tinha outras sugestões, como a liberação de um saque apenas de contas ativas e inativas ou somente das inativas. Entretanto, a do saque anual do FGTS foi a proposta mais forte dentro da pasta e deve ser anunciada pelo presidente na próxima quarta-feira, dia 24.
Esta seria uma nova modalidade de acesso ao FGTS, uma espécie de 14º salário. O saque será opcional, entretanto o funcionário que optar pela retirada dessa quantia não poderá fazer o saque caso decida deixar a empresa em que trabalha. Essa condição serve para evitar estímulos a demissões.
Com a realização dos saques anuais, o efeito positivo sobre o consumo e consequentemente na economia brasileira ocorrerá em todos os anos, e não somente naqueles em que o saque for liberado.
A intenção da equipe era liberar um total de R$ 42 bilhões a fim de aquecer a economia, mas a pasta enfrentou resistência por parte do setor de construção civil. Isso porque o dinheiro das contas ativas pode ser utilizado como recurso para financiamentos habitacionais. Para que isso não ocorra, o montante a ser liberado neste ano foi reduzido para cerca de R$ 30 bilhões.
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