Saque do FGTS: Especialistas indicam o que fazer com o dinheiro recebido

Especialistas dão quatro dicas sobre o que fazer com a quantia recebida pelo saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. Confira!



O atual presidente do país, Jair Bolsonaro (PSL), confirmou a liberação do saque de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Assim, diversos trabalhadores já fizeram planos sobre o que fazer com essa quantia inesperada. Pensando nisso, especialistas em finanças dão dicas de quais são as opções mais corretas para gastar o dinheiro recebido.

A primeira dica é que o trabalhador retire o valor total da quantia que será possível sacar. Caso a regra de saque anual seja aprovada, o governo estima colocar um percentual única que pode chegar a 35% ou R$ 3 mil. Os especialistas aconselham que seja retirado o quanto for possível.

Isso ocorre devido a baixa rentabilidade do FGTS, que possui níveis menores que o da inflação. De acordo com Alexandre Arce, deixar o dinheiro parado na conta do FGTS significa perder dinheiro. Isso ocorre visto que o rendimento do fundo é de 3% ao ano + Taxa Referencial (atualmente zerada). A inflação em 2019 está estimada em 4,25%, fato que garante a perda de 1,25%.

Dessa forma, o percentual pode parecer pouco anualmente, mas que gera um grande prejuízo com o passar do tempo. Um cálculo comparando o rendimento em ambas as opções foi realizado. Assim, os R$ 3 mil sacados, após 15 anos, valeria:

  • No FGTS: R$ 4.673,90;
  • Na Poupança: R$ 5.847,77;
  • No Tesouro Direto com Taxa Selic: R$ 7.715,00.

Pagamento de Dívidas

De acordo com Wiliam Baghdassarian, coordenador dos cursos de finança do IBMEC, o pagamento de dívidas deve ser a prioridade ao realizar o saque do benefício. Mesmo que o valor disponível não seja suficiente para quitação da dívida, possuir o dinheiro em mãos pode ajudar a negociação com os bancos.

Assim, as dívidas mais longas possuem alta chance de negociação, visto que os bancos não possuem esperança de retorno após um tempo. Ao apresentar uma proposta, a chance de descontos e facilidades para quitação das dívidas serão maiores.

As dívidas mais caras, como cartão de crédito e cheque especial que possuem alta taxa de juros, devem ser pagas em primeiro lugar. Segundo Baghdassarian, as contas mais caras devem ser pagar anteriormente às mais baratas, de modo a evitar os maiores juros.

Reserva para Emergências

Para Alexandre Arce, o ideal é que o trabalhador reserve uma quantia equivalente a cerca de 3 meses de salário. Com isso,  será garantido uma retirada imediata caso necessário. Para isso, a dica é investir em Tesouro Direto e fundos bancários, que são aplicações que podem ser retiradas a qualquer momento, independente do motivo.

Entretanto, para conseguir juntar a quantia aconselhada, é necessário que o cidadão realize um planejamento. Assim, é preciso ter um auto-controle com gastos, traçar metas que sejam aplicáveis com o orçamento disponível e se conhecer financeiramente.

Veja também: Saiba em quais situações é possível sacar o FGTS.

Investir a quantia recebida

Caso as dívidas já estejam quitadas e a reserva para emergências já tenha sido feita, os especialistas aconselham que o trabalhador invista o dinheiro sacado em qualquer opção, exceto na poupança. Isso ocorre devido a poupança ser a opção que possui o menor rendimento, com valor quase equiparado ao da inflação.

Para Arce, o brasileiro deve voltar seu investimento para as opções de renda variável. Uma vez que devido a queda da taxa Selic, os investimentos no Tesouro Direto não compensam mais. Uma boa opção para ele são os fundos imobiliários e a bolsa de valores.

Entretanto, Baghdassarian afirma que a renda fixa ainda possui bons rendimentos para a pessoa que não possui disponibilidade para acompanhar o mercado financeiro. Assim, os fundos de renda fixa, em um longo prazo, ainda são uma boa opção para quem busca por investimentos seguros. Já para os que se dispõem a um investimento de médio risco, o fundo multimercado pode ser uma opção apropriada.




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