Bolsonaro afirma que bancos terão que diminuir juros de crédito

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que a mudança não será uma imposição, mas sim uma medida automática para não perder clientes para a Caixa.



Durante a cerimônia de lançamento das linhas de financiamento imobiliário atualizadas pelo IPCA da Caixa Econômica Federal, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que os novos bancos terão que seguir o exemplo da estatal e diminuir suas linhas de crédito. “Não vai ser uma imposição. Ou eles vão atrás, ou o número de clientes da Caixa vai aumentar e muito”, afirmou Bolsonaro.

A cerimônia ocorreu no Palácio do Planalto nesta terça, 20 de agosto. Bolsonaro também lembrou que reduziu recentemente os juros do cheque especial em até 40%. Os cortes nas taxas de juros das linhas de crédito da Caixa valem tanto para empresas quanto para pessoas físicas.

Além disso, um novo pacote de serviços também foi anunciado durante a ocasião, o chamado Caixa Sim. Em relação ao cheque especial, a taxa de juros cobrada pela Caixa para pessoas físicas foi de 26% e de 33% para pessoas jurídicas.

Financiamentos indexados pelo IPCA

Com a nova medida, as correções feitas nos financiamentos imobiliários serão feitos de acordo com o Índice de Inflação (IPCA), estimado em 3,8% para 2019. De acordo com especialistas, o uso do IPCA no lugar da Taxa Referencial (TR) irá encarecer e tornar o financiamento da casa própria mais arriscado para o cidadão.

Isso ocorre devido a constante oscilação do índice de inflação em longos períodos de tempo. Vale lembrar que um contrato de financiamento imobiliário costuma durar entre 15 e 30 anos. Além disso, a TR se mantém mais baixa com o decorrer dos anos, enquanto o IPCA se eleva bastante em uma hora e cai repentinamente. Com isso, o índice de inflação se demonstra instável para contratos imobiliários.

Dessa forma, possíveis mudanças nos preços de insumos, como alimentos, energia e combustíveis, podem provocar um grande aumento na inflação. Assim, o custo do financiamento imobiliário pode aumentar de forma constante, acompanhando as mudanças no mercado econômico.

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