Fim da diferenciação do botijão de gás: GLP mais em conta

Com a intenção de obter maior lucro e diminuir o valor do gás de cozinha, o governo anunciou que aplicará o fim da diferenciação de preços dos botijões de gás. Isso passa a entrar em vigor no prazo de seis meses.



O governo aprovou o fim da diferenciação de gás de cozinha (GLP). Essa decisão faz parte da estratégia de fazer o preço do gás chegar mais barateado ao consumidor. O plano foi aprovado na reunião extraordinária do Conselho Nacional de Política Energética e passa a entrar em vigor daqui seis meses.

Um botijão de gás de 13 quilos, que corresponde a aproximadamente 72% do mercado nacional, possui o subsídio cruzado. Ou seja, a classe que precisa comprar botijões acima dos 13 quilos, acaba pagando muito a mais, sendo que os consumidores de botijões menores não adquirem com valores mais baixos.

Pensando nisso, o governo revogou a resolução de 2005, que originou a diferenciação de preços. Com o fim dessa diferenciação, as distorções do mercado são corrigidas. Isso permite a entrada de outros agentes na etapa de produção e importação de GLP.

Impactos da diferenciação do gás de cozinha

O preço de um botijão de 13 quilos, custa R$ 23,00 na refinaria. Mas, ao consumidor, esse valor chega a R$ 90,00. Finalizando a diferenciação, os preços nas refinarias ou na importação pode cair para até R$ 16,00.

O impacto disso, é principalmente no preço final. Com a diminuição da taxa das refinarias e importação, o consumidor conseguirá adquirir o gás de cozinha com preços mais baixos. Isso beneficiará as pessoas com baixa renda.

Expectativas do governo

A expectativa do governo, é que com o fim da diferenciação, novos agentes sejam atraídos para o setor. Consequentemente, a obtenção de maior lucro. Isso aumentaria a competição e diminuiria o preço de mercado. Atualmente, o GLP é fornecido pela Petrobrás. A distribuição é concentrada em quatro empresas.

De acordo com o Ministério da Economia, o processo não terá consequências negativas sobre os consumidores. O principal argumento, é de que o preço aplicado no Brasil é 40% da taxa internacional.

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