A distribuição do lucro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aos cotistas acontece desde 2017, durante o governo do ex-presidente Michel Temer. Em 2019, os cotistas terão direito a R$ 30,88 a cada R$ 1 mil de saldo em sua conta. O valor foi divulgado na terça, 20 de agosto, no Diário Oficial da União.
O pagamento dos lucros do FGTS serão pagos até o dia 31 de agosto, lendo em consideração o saldo que o trabalhador possui na conta no dia 31 de dezembro do último ano. Em 2017 foi fixado um percentual de distribuição de 50% dos lucros. Entretanto, o governo atual elevou a taxa de distribuição do lucro para 100%.
No último ano, a rentabilidade das contas do FGTS foi de R$ 12,221 bilhões. Assim, o saldo para a distribuição de recursos será de R$ 395,703 bilhões em dezembro de 2018. De acordo com o presidente do Conselho Curador do Fundo, Igor Vilas Boas, a distribuição de 100% dos lucros aumenta os ganhos dos cotistas, fazendo com que a rentabilidade neste caso seja maior que a maioria dos demais investimentos.
Rentabilidade das Contas do FGTS
Com a distribuição dos recursos, a rentabilidade das contas do FGTS eleva cerca de 3%. Ao considerar o rendimento estabelecido por lei, de 3% ao ano + Taxa Referencial (TR), atualmente zerada), a correção total chegará a 6,18%.
Dessa forma, esse rendimento supera o índice de inflação medido pelo IPCA, estabelecido em 3,22% no período de 12 meses até julho. Além disso, o valor supera também a rentabilidade das cadernetas de poupança, estabilizadas em 4,55%.
Ademais, a taxa fica próximo também do rendimento bruto do CDI/Selic, cotado em 6,35% sem o Imposto de Renda. Sua rentabilidade se aproxima da média dos CDBs, de 6,78% sem Imposto de Renda. Contudo, as contas do FGTS acabam superando as correções líquidas em ambos os casos, visto que o fundo é isento do Imposto de Renda.
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