Uma nova linha de crédito imobiliário foi lançado pela Caixa Econômica Federal nesta terça feira, 21. O novo modelo de financiamento será atualizado pelo Índice de Inflação, medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Além da aplicação do IPCA, também será cobrada uma taxa fixa de 4,95% do valor financiado, com possibilidade de abaixar a porcentagem para 2,95% em caso de bom comportamento financeiro.
A nova modalidade de financiamento valerá para os imóveis residenciais que se enquadram no Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e no Sistema Financeiro Imobiliários (SFI). Assim, os valores serão corrigidos mensalmente, a cada prestação, de acordo com o IPCA mais atual.
Atualmente, os financiamentos imobiliários são indexados pela Taxa Referencial (TR) + 8,5% na taxa mínima e TR + 9,75% no caso de taxa máxima.
Mudanças no novo modelo de financiamento
A Caixa liberou R$ 10 bilhões para dar início a nova linha de crédito. Assim, as medidas estabelecidas para o novo modelo de financiamento imobiliário são:
- Taxa mínima: IPCA + 2,95% ao ano;
- Taxa máxima: IPCA + 4,95% ao ano;
- Financiamento de até 80% do valor do imóvel.
Assim, as taxas valerão apenas para os novos contratos, entrando em vigor a partir do dia 26 de agosto. Contudo, a nova modalidade é facultativa, ficando a critério do cliente optar ou não pelo novo modelo de financiamento imobiliário.
Além disso, os contratos terão um prazo máximo de 30 anos. Cada parcela do financiamento será recalculada mensalmente, de acordo com o índice de inflação mais recente. Dessa forma, a parcela a ser paga poderá ter seu valor alterado a cada mês, assim como o valor total final do empréstimo.
Entretanto, o consumidor que optar pela modalidade de correção feita pelo IPCA não poderá alterar o contrato após sua contratação. Assim, não será possível voltar para a correção feita pela Taxa Referencial após a assinatura do contrato.
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Expectativa de menor custo e maior risco
De acordo com o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, o valor da prestação do financiamento imobiliário poderá diminuir em até 50%, visto que a taxa fixa máxima caiu de 9,75% para 4,95%, enquanto a taxa fica mínima reduziu de 8,5% para 2,95%.
Entretanto, analistas afirmam que os financiamentos imobiliários corrigidos pelo IPCA apresentam alto risco. Isso ocorre devido ao fato de que se o IPCA aumentar durante o período do contrato, o custo total do empréstimo aumentará proporcionalmente.
Além disso, a taxa referencial se demonstra mais estável para contratos de longo período. Esse é o caso de empréstimo para financiamento da casa própria, que durarão até 30 anos. Já o índice de inflação sofre alterações constantes e drásticas em longos períodos, aumentando o risco do financiamento e possibilitando um aumento no valor total a ser pago no fim do contrato.