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Aposentar ou não antes da reforma da Previdência? Veja os prós e contras

Para quem já pode se aposentar e está com dúvida se pede ou não o benefício, confira como são as condições atuais e como fica o cálculo após a reforma da Previdência.



O trabalhador que está na faixa dos 50 anos de idade, e hoje pode se aposentar, por causa da reforma da Previdência, pode apresentar a seguinte dúvida: aposento agora perdendo grande parte do benefício (devido à aplicação do fator previdenciário) ou espero mais alguns anos para ter direito a um cálculo que me beneficie mais?

Para responder à essa questão, entenda como fica a aposentadoria com a novas regras da reforma e veja cálculo. Os dados foram retirados de reportagem da página do São Paulo Agora da Folha de São Paulo.

O cálculo da reforma será de fato, mais vantajoso quando comparado ao fator previdenciário. Isso porque, após a reforma, segundo regra em discussão no Senado Federal, serão garantidos 60% da média salarial para segurados que se aposentarem com tempo de contribuição entre 15 e 20 anos.

Dessa forma, cada ano a mais de contribuição vai acrescentar 2% da média salarial ao benefício. Ou seja, um homem de 56 anos de idade e 36 anos de contribuição, por exemplo, teria uma aposentadoria de 92% da sua média salarial após a reforma da Previdência.

Na regra válida atualmente, segundo cálculos do advogado Pedro Santos, assessor do Ieprev (Instituto de Estudos Previdenciários) a aposentadoria seria de 72% da média salarial.

Contudo, só terá direito ao cálculo mais vantajoso quem atingir os requisitos para entrar em umas das regras de transição da reforma. Por exemplo, um homem que tem hoje 56 anos de idade, tem direito ao novo cálculo somente em 2023.

Segundo o presidente do Ieprev, Roberto Carvalho Santos, “ não vai dar para pedir o melhor dos mundo, que seria ter o cálculo mais vantajoso da reforma e a regra de acesso à aposentadoria válida hoje.”

O presidente explica que ao abrir mão do benefício agora, o trabalhador deve considerar que deixará de receber a renda mensal `qual já tem direito e que, mesmo recebendo um benefício maior no futuro, levaria alguns anos para recuperar o que perdeu durante a espera.

De acordo com cálculo do Ieprev, o segurado que sempre contribuiu pelo teto levaria até 12 anos para recuperar o que deixou de ganhar.

Entenda pelo exemplo

Tenhamos como exemplo um homem de 56 anos de idade e 35 anos e oito meses de contribuição, que sempre contribuiu pelo teto do INSS que é de R$ 5.839,45.

Regra atual 

  • O fator previdenciário é de 0,072 (redução de 28% da renda)
  • Na regra atual, a aposentadoria seria de R$ 4.048,57

Regra nova da reforma da Previdência

  • O segurado teria que esperar até 2023 para aposentar
  • Na ocasião da aposentadoria, ele teria 60 anos e seis meses de idade
  • O valor do benefício na reforma seria de R$ 5.302,24
  • Para receber esse valor, o trabalhador teria que continuar contribuindo pelo teto

Quanto vou perder com o adiantamento da aposentadoria?

Em 2023, o trabalhador teria um acréscimo de R$ 1.253,67 em relação ao benefício concedido hoje. Porém, ao não se aposentar hoje, ele deixaria de ganhar cerca de R$ 192 mil enquanto espera para entrar na nova regra.

Dessa forma, o segurado levaria um total de 12 anos para recuperar o que deixou de ganhar por causa do adiamento da aposentadoria.

E se me aposento antes da reforma?

Caso opte por se aposentar antes na nova regra, o segurado somente aproveitará as contribuições feitas até a aprovação da reforma. Se pedir o benefício em 2022, por exemplo, o INSS utilizará a regra atual e as contribuições feitas até 2019.

Ou seja, os valores contribuídos após a reforma, não serão aproveitados no cálculo do benefício. Sendo assim, os atrasados não serão considerados a partir da data em que o benefício foi adquirido e o INSS não devolverá ao segurado os valores pagos que não entraram no cálculo da renda.

Veja também: Calcule se você entra na transição e escapa da reforma da Previdência




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