O presidente Jair Bolsonaro reduz orçamento para programas que buscam a igualdade no país. Dentre os programas afetados, estão o Bolsa Família, Fies, abono salarial e Minha Casa Minha Vida. De todos estes, o mais prejudicado será o Minha Casa Minha Vida, que teve a redução de R$ 4,6 bilhões para R$ 2,7 bilhões.
O programa, com o objetivo de diminuir o déficit habitacional, passou por diversos cortes por conta de desequilíbrio das contas públicas. O orçamento nunca foi tão baixo. De 2009 a 2018, a média destinada ao programa era de R$ 11,3 bilhões ao ano.
Assim como o PAC, é possível que o Minha Casa Minha Vida não receba novas construções. Mas, é provável que permaneça com os contratos que já foram feitos. De acordo com o secretário especial adjunto de Fazenda do Ministério da Economia, Esteves Colnago, o governo possui compromisso com as contratações já realizadas.
Bolsa Família
O programa Bolsa Família visa a redução da extrema pobreza, através da transferência de rendas. Para o ano de 2020, será destinado o valor de R$ 30 bilhões para o programa. Se levar em consideração a inflação, a permanência desse valor representa uma redução.
Atualmente, 13,8 milhões de famílias são beneficiadas com o Bolsa Família. Porém, o governo considera reduzir esse número para 13,2 milhões. O Ministério da Cidadania ainda não se pronunciou sobre o corte ou pelo valor não se ajustar de acordo com a inflação.
Fies
O Fies é um programa que nasceu para estimular o crescimento de pessoas no nível superior. Para a proposta do Orçamento de 2020, o valor foi reduzido para R$ 10,2 bilhões. Em 2019, os recursos previstos eram de R$ 13,8 bilhões.
Educação
O valor para investimento em educação básica, profissional e superior também diminuíram. Para o ano de 2020, estão previstos R$ 1,9 bilhões. Valor que será destinado a reestruturação das universidades, obras, compras, entre outras coisas relacionadas ao setor. Antes, esse valor era de R$ 2,2 bilhões.
Abono salarial
O abono salarial também será afetado pelo Orçamento de 2020. Atualmente, quem trabalha de carteira assinada e recebe até dois salários mínimos (R$ 1.900,00), possui direito ao abono, que corresponde a um salário mínimo (R$ 998,00).
Porém, segundo a reforma da previdência, que ainda está em análise no congresso, o benefício será destinado apenas aos que recebem até R$ 1.364,43. Em 2019, o valor destinado para o abono salarial foi de R$ 19,2 bilhões. Para 2020, estão previstos R$ 16,3 bilhões.
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