O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou em entrevista ao programa Poder em Foco, do SBT, na madrugada desta segunda-feira, 14, que a Caixa Econômica Federal “rouba” do trabalhador R$ 7 bilhões em lucro anual por meio da taxa de administração do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Ele defende que caso caso a alta taxa cobrada não seja reduzida, o governo abra espaço para que outras instituições financeiras possam gerir o FGTS. Além disso, segundo o deputado,o rendimento do FGTS não deveria ser utilizado pelo governo para subsidiar programas sociais, como o Minha Casa Minha Vida.
“ Não é justo que o dinheiro do trabalhador, que é sócio deste fundo imenso que é o FGTS, seja usado como subsídio para construir a casa de outra pessoa”, afirmou Maia. “ Para o trabalhador, o FGTS pode ser a única poupança que ele tem”, completou.
Aumento do salário mínimo e alteração da estabilidade de servidores
Na entrevista, Maia disse também que o governo só terá condições de oferecer um aumento real no salário mínimo (acima da inflação) quando houver “uma reforma do Estado”.
De acordo com ele, a agenda reformista do governo é o caminho para reduzir os gastos públicos, atrair investimentos privados e retomar a geração de empregos no país. “Nosso foco deve ser a redução do custo do Estado”, disse.
Dessa forma, o presidente da Câmara defendeu a proposta de reforma administrativa que tem o objetivo de alterar regras de estabilidade e salários de servidores públicos.
Maia criticou os altos salários da “cúpula” dos Três Poderes e criticou o fato de algumas categorias de funcionários receberem valores próximos ao teto salarial já em início de carreira.
Conforme Maia, “ o servidor não pode passar no concurso e em cinco anos estar ganhando o teto salarial”, da mesma forma ele afirma que o servidor deve ter metas de desempenho sendo que a estabilidade deve ter regras, não deve ser completa.
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