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Servidor federal ganha quase o dobro de trabalhador do setor privado, revela estudo do Banco Mundial

Com cargos semelhantes, diferença de salários é em média 96% entre os profissionais, valor alto para os padrões internacionais.



Um estudo do Banco Mundial, divulgado nesta quarta-feira,9, mostrou que em 2017 os servidores federais tinham, em média, um salário 96% maior do que o de profissionais da iniciativa privada em cargos semelhantes, na mesma área de atuação.

O chamado “prêmio salarial” do funcionalismo público federal no Brasil é o mais alto numa amostra de 53 países pesquisados pelo Banco Mundial. Já nos Estados, os salários são 36% mais elevados, e nos municípios não há diferença salarial em relação à iniciativa privada.

Por outro lado, o estudo mostra que há grande desigualdade entre as carreiras do funcionalismo público, sendo que em 2019, 44% dos servidores do Executivo recebem mais de R$ 10 mil por mês; 22% acima de R$ 15 mil; e 11% mais de R$ 20 mil.

Ainda há 1% dos servidores que conseguem ganhar acima do teto salarial do funcionalismo de R$ 33,763, que é baseado nos ganhos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Peso para as finanças públicas

Tendo em vista os salários inflados dos concursados, o Banco Mundial afirma que a política salarial dos próximos anos será decisiva para as finanças públicas no país. Isso porque o Brasil gasta por ano 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para pagar os salários e vencimentos de 11,5 milhões de servidores ativos na União, Estados e Municípios.

Dessa forma, na última década, as despesas com a folha de pagamentos do setor público foi superior à inflação e embora o número de funcionários públicos no Brasil não seja tão alto elevado quanto em outros países, como nos Estados Unidos por exemplo, os gastos com o setor é alto para os padrões internacionais.

Os valores pagos pelas três esferas do governo (Executivo, Legislativo e Judiciário), em 2017 somaram R$ 725 bilhões. No período de 20 anos, a quantidade de servidores aumentou 82,4% passando de 6,26 milhões para 11,5 milhões.

Entre 2007 e 2017, o gasto com servidores públicos teve aumento de 48% acima da inflação da época. Já no governo federal, a despesa com pessoal cresceu 2,5% anualmente de 2008 a 2018.

Depois da reforma da Previdência vem a administrativa

O relatório do Banco Mundial “ Gestão de Pessoas e Folha de Pagamentos no Setor Público Brasileiro – O que dizem os dados?”, foi preparado em conjunto com o Ministério da Economia e está sendo divulgado às vésperas do envio da proposta de reforma administrativa ao Congresso

A proposta é parte do plano do ministro da Economia, Paulo Guedes, e tem o objetivo de reduzir os gastos com pessoal e mudar a política salarial e a estrutura das carreiras. A previsão é que a proposta seja divulgada assim que a reforma da previdência for aprovada em segundo turno no Senado.

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